O Supremo Tribunal de Justiça condenou um homem de 37 anos por agredir e insultar a namorada, de 21 anos. Filmou-se a violá-la e enviou o vídeo a um homem que suspeitava ter um caso com ela. A notícia foi avançada, esta quarta-feira, pelo Jornal de Notícias (JN).

O arguido foi condenado a seis anos e oito meses, por violência doméstica e violação. Contudo, como tinha uma pena anterior por tráfico de droga de quatro anos e quatro meses, foi condenado, em cúmulo jurídico, a oito anos e um mês.

De acordo com o JN, a 29 de maio de 2019, a namorada foi buscá-lo à comunidade terapêutica e, acusando-a de ter outro homem, tirou-lhe o telemóvel. Depois de a agredir, disse que, se ela queria ir embora, tinha de ir nua. O homem deu-lhe uma faca e ordenou que ela tirasse do braço uma tatuagem relativa à relação de ambos. Ela recusou e ele empurrou-a, nua, para a rua.

A vítima ia-se embora, mas ele foi atrás e trouxe-a de volta, continuou a agredi-la e disse que ia gravar vídeos para o amigo dela. Forçou-a a relações sexuais e, quando acabou, mostrou-lhe os vídeos e disse que já os tinha enviado, via Instagram, ao seu “novo amigo”.

No resto da noite, o arguido ficou acordado, a insultá-la e agredi-la repetidamente. Segundo avança o JN, ele anunciou que lhe perdoava e queria ficar com ela e a jovem, vendo ali uma oportunidade, disse que sim, mas teria de ir buscar coisas a casa. Ele consentiu, mas ameaçou-a que, se fizesse queixa, publicava os vídeos nas redes sociais, mostrava ao irmão dela, de nove anos, e incendiava a casa dos pais, além de lhe pegar fogo, torturá-la e pendurá-la numa árvore.

Contudo, ela saiu e não voltou. Denunciou-o e o homem foi detido, acabando condenado em abril de 2020 à pena que agora o Supremo confirmou.