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Por Ana Amélia Guimarães.
por Ana Amélia Guimarães Professora
A abertura do ano letivo.
Depois de dois anos letivos marcados pelo ensino à distância, com degradação significativa das aprendizagens, algumas delas irrecuperáveis, o que se exigia era que o ano se iniciasse com a concretização de um conjunto de medidas indispensáveis à recuperação dos atrasos.
Mas não é isso que está a acontecer!
Ao contrário do plano de recuperação apresentado com pompa pelo Governo, o que temos é menos professores colocados nas escolas até ao momento, menos auxiliares de ação educativa e outros técnicos fundamentais no funcionamento das escolas, mas também a não redução do número de alunos por turma.
Saúde.
Numa altura em que todos os indicadores confirmam que não se justifica manter medidas restritivas à atividade plena, o que se exige do Governo é que tome medidas de reforço do SNS.
Está na hora de olharem para o SNS.
Medidas que passam, em primeiro lugar, por valorizar as carreiras dos profissionais, os salários e as condições de trabalho com o objetivo de travar a saída de milhares de enfermeiros, médicos e outros técnicos para o sector privado ou para a emigração. Profissionais de saúde que apesar de terem tido uma intervenção, quer no combate à Covid-19, quer na concretização do plano de vacinação, reconhecida pelos portugueses como decisiva, ao contrário das palmadinhas nas costas, o que reclamam é que seja reconhecido o seu trabalho.
Cultura.
Vive-se uma situação não compatível com um país que se quer culto e desenvolvido. Com a epidemia a servir de desculpa a uma política de destruição do tecido cultural, obrigando milhares de artistas, outros trabalhadores e estruturas a um confinamento total durante mais de um ano e meio, o que se impunha é que o Governo tivesse feito chegar os apoios necessários e terminasse com as restrições.
Não o fez e hoje temos artistas ainda sem qualquer atividade, estruturas que continuam sem funcionar, movimento associativo e popular em grande parte de portas encerradas, impedindo assim o natural desenvolvimento das condições para a criação e fruição cultural.
Dia Internacional do Idoso.
Foi no dia 1 de outubro que se assinalou o dia internacional do idoso.
Resumidamente: urge dar combate ao isolamento e solidão, tanto nas zonas urbanas, como nas de baixa densidade populacional, promovendo medidas que salvaguardem o bem-estar social, físico e mental da população idosa.
Tem de ser dado combate à consolidação do estereótipo dos idosos, com um grupo social homogéneo, desprovido de capacidade de decidir de forma informada e esclarecida sobre diferentes dimensões das suas vidas.
Tal conceção é o que melhor serve o conteúdo da dramatização do envelhecimento no plano demográfico para fundamentar as restrições das despesas públicas com o pagamento das pensões e com os direitos deste grupo social.
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