Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesFelizmente, a decisão recaiu no regresso às aulas já na próxima segunda-feira, dia 10 de janeiro.

Nas últimas semanas, com a subida galopante do número de casos positivos de covid-19 em Guimarães e no país (em Guimarães, triplicou a incidência entre os boletins de 24 e 31 de dezembro, estando agora em mais de 1100 casos por 100 mil habitantes), algumas vozes se levantaram pela necessidade premente de manter as nossas crianças e jovens, os nossos alunos, em casa, em isolamento, e com aulas virtuais.

Ora, sejamos racionais, para além da dor que é ver as nossas crianças privadas do contacto com outras crianças e com o ambiente escolar, motivador de inúmeras aprendizagens e fulcral para o seu crescimento.

Com o aumento do número de casos, também motivado por um exponencial aumento de testes realizados pelas farmácias e centros de testagem no período festivo, de natal e ano novo, tentamos, no Mais Guimarães, perceber como está a resposta dos nossos hospitais.

Pelo país, como na cidade-berço, os hospitais estão numa situação “estável”, até porque a nova variante é “uma ligeira constipação para a maioria dos indivíduos vacinados”, disse esta semana o CEO da clínica laboratorial Germano de Sousa. Em Guimarães estão 19 pessoas internadas com covid-19, duas delas nos cuidados intensivos. Pelo país o cenário é idêntico. Em Guimarães, relembro, chegaram a estar, num período realmente crítico, mais de 200 pessoas internadas e 17 a lotarem os cuidados intensivos, o que limitou muito a resposta aos casos covid-19 e boicotou, em boa parte, a possibilidade de resposta a outras patologias. E ainda hoje pagamos a fatura disso, sobretudo pelos rastreios tardios.

É hora de responsabilizar mais cada cidadão pelas suas ações. É hora de vacinar, testar e isolar os positivos. Aos restantes pede-se consciência. Aos governantes que nos deixem retomar as nossas vidas, definitivamente.