Loja do Cidadão na rua Santo António é um negócio longe de estar fechado
É vontade da Câmara Municipal instalar a nova Loja do [...]

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É vontade da Câmara Municipal instalar a nova Loja do Cidadão na rua de Santo António, tal como já havia sido avançado na reunião do executivo municipal a 27 de janeiro.

Na reunião seguinte, a 10 de fevereiro, Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, adiantou que existia “uma aceitação por parte das várias entidades para que aquele espaço possa servir como Loja do Cidadão” acrescentando que “o espaço não está adquirido”, mas que, “de qualquer forma, o valor está estabilizado”.
A verdade é que o negócio está longe de estar fechado. A fase em que se encontram as negociações foi questionada por Hugo Ribeiro, vereador da coligação Juntos por Guimarães (JpG), uma vez que ainda não há um valor definido para a compra do imóvel e que “as certezas apresentadas (sobre o novo espaço) poderiam fragilizar a posição negocial do município”.
Hugo Ribeiro questionou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, se “o município estaria disposto a comprar o imóvel por qualquer preço” e até que ponto “restariam alternativas senão comprar o imóvel para que possa manter a sua palavra de que o imóvel ficará instalado no Centro Comercial de Santo António”.
O vereador esclarece ainda que “solicitou o eventual acordo entre o município e os proprietários do edifício de forma a assegurar que havia, de facto, um valor estabilizado, tal como havia sido anunciado”. Num documento a que teve acesso, Hugo Ribeiro pôde verificar que “ainda não existe uma negociação efetiva”, adiantou aos jornalistas.
“Vão apurar junto dos proprietários a sua disponibilidade para alienar este património e em que condições” refere o documento citado pelo vereador, que disse concluir que “as informações veiculadas pela presidente em exercício estão desajustadas com a informação que estava a ser tratada”.
Desta forma, o membro da oposição lembra que “um negócio pressupõe um comprador e um vendedor, que tentará vender pelo maior preço possível, sobretudo quando já toma por certo o negócio”.
Por seu lado, Domingos Bragança defendeu que o município tem tratado do assunto como o “máximo de transparência possível” e que “não se pode e nem se deve fazer confidencialidade do processo, uma vez que são necessárias licenças para a visita do edifício, com permissão dos proprietários”.
Assim, o edil vimaranense garante que o local será adquirido por um preço justo e que “não haverá qualquer inflação” pois o valor do imóvel será balizado por um perito oficial do tribunal. Desta forma, o município poderá negociar com o atual proprietário, sendo esse o preço máximo fixado.
O presidente do município clarificou que o que acontece em “todas as aquisições é a nomeação de um perito oficial que define o preço máximo a pagar e, após esse valor, não há qualquer hipótese de negociação”.
Domingos Bragança esclareceu que “se não houver acordo o negócio não será fechado” e reitera que “existem outros espaços possíveis na cidade para a instalação da Loja do Cidadão”.





