Nascemos em 1982
Por Mariana Silva.
Por Mariana Silva Eu nasci no mesmo ano em que o Partido Ecologista Os Verdes foi criado, em 1982. Eu nasci do amor. Os Verdes nasceram da necessidade de agir pela paz, contra o nuclear, pela salvaguarda dos ecossistemas e da biodiversidade, a justiça social, pelos direitos humanos, pela igualdade, pela proteção dos seres vivos e pela ecologia, tendo por base uma ideologia de transformação da sociedade e como propósito o desenvolvimento ambientalmente sustentável.
Como sabemos, após o 25 de Abril de 1974 a preocupação e sensibilidade para as questões ambientais desenvolve-se de forma mais concreta, sobretudo quando se inscreveu na Constituição da República Portuguesa, de forma pioneira, no seu artigo 66º, que “Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.”.
Assim dá-se início a um caminho de desenvolvimento sustentável e de consciencialização da população de que tem o direito de lutar por um ambiente mais sadio e exigir a proteção e conservação da Natureza.
Falo-vos, portanto, de um caminho rico e inovador que o Partido Ecologista Os Verdes fez e que muito deu ao país no que à defesa da biodiversidade e da qualidade de vida das populações diz respeito.
Consciencializamos, demos voz às preocupações e aos problemas, fomos participantes activos nas lutas em que nos envolvemos e recorremos sempre ao conhecimento, à ciência e ao equilíbrio entre a necessidade de se desenvolver o país e de se proteger os bens naturais.
Os Verdes abriram as portas de diversas questões apresentando no Parlamento a Criação de uma Lei de Bases dos Animais, um Plano Nacional de Pistas Cicláveis e a alteração ao artº 13º da Constituição da República Portuguesa abrindo a porta ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Iniciamos a discussão sobre as Alterações Climáticas e contribuímos para a Educação Ambiental e para o crescimento da consciência ecologista em Portugal.
O PEV, acompanhando todos os problemas económicos e sociais do País, trouxe para a discussão política e social a preocupação com o Ambiente, a necessidade de se planear melhor a utilização dos solos, a despoluição dos rios, o combate às monoculturas, a defesa da agricultura familiar e da agricultura biológica, a defesa dos recursos naturais da exploração desenfreada, o investimento na proteção das áreas classificadas e protegidas, a defesa do Lobo Ibérico, entre tantos outros temas.
No entanto, os dias que vivemos mostram que é necessário mais do que nunca estarmos atentos à defesa do ambiente que não se faz sem a defesa dos direitos sociais e culturais dos povos.
Tal como o país, as populações e a natureza ganharam com o trabalho dos jovens, mulheres e homens que passaram pelos Verdes. Tenho a sorte de já fazer parte destes 40 anos, e de ter aprendido e ajudado a construir parte deste património de lutas, de resistência, de alegria e de criatividade de que o único partido ecologista em Portugal é detentor.
40 anos depois, Os Verdes cá estão, vivos e activos na construção de uma sociedade ecologista, sustentável, solidária, justa, culta e diversa. Os Verdes fizeram e fazem a diferença.
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