UMA EQUIPA FEITA PARA DESCER

Este mês iniciaram-se os campeonatos nacionais e regionais de down […]

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Este mês iniciaram-se os campeonatos nacionais e regionais de down hill. Segunda classificada na Taça de Portugal e no Regional do Minho em 2015, a equipa do Desportivo Jorge Antunes ataca a época de 2016.

Com o inverno a terminar, os primeiros fins de semana de sol são perfeitos para os campeonatos de down Hill que agora começam. O Desportivo Jorge Antunes faz uma aposta forte nesta modalidade em que tem 18 atletas a competir regularmente, desde os cadetes, passando pelos juniores, pelos sub-23 e os elites, até aos masters. Além desta equipa de competição há uma série de outros atletas que aspiram a poder um dia fazer parte desta pequena elite. Segundo Augusto Pedrosa, um diretor muito especial porque também corre, “a partir dos 12 ou 13 anos já se pode começar a fazer a modalidade”. Confessa que um dos seus objetivos à frente do clube é criar uma escolinha da modalidade, para poder detetar talentos precocemente e formar atletas que substituam os que se perdem quando vão para a universidade.

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É sexta-feira, passa um pouco da 20h30 quando Augusto Pedrosa chega ao bar do Desportivo Jorge Antunes em Vizela. O diretor é o primeiro a chegar para a reunião em que se vai preparar os últimos detalhes para a primeira prova do campeonato regional, em Armil, no domingo seguinte, e para fazer o balanço da primeira prova da Taça de Portugal, em São Brás de Alportel, nos dias 4, 5 e 6 de março. Um a um vão chegando os atletas, os mais velhos vêm sozinhos, os mais novos trazem os pais. Este é um desporto em que não há muito investimento de patrocinadores, o envolvimento dos pais é fundamental para os atletas mais jovens poderem andar na modalidade. Há um atleta que telefona no último momento para dizer que não vai à reunião, leva uma reprimenda do diretor no momento. Desengane-se quem pensar que por ser um desporto radical não há disciplina.

O orçamento faz-se com alguns patrocinadores institucionais da equipa, mas principalmente com a ajuda que o próprio Desportivo Jorge Antunes dá à secção. “Se não fosse o clube nada disto era possível”, explica o Augusto Pedrosa. Os treinos raramente são por perto. “A Penha é uma pista fácil, bonita e nada perigosa, boa para descontrair depois das provas”, os treinos a sério fazem-se mais longe, em Paços de Ferreira, nos Arcos de Valdevez ou na Lousã. Nos locais mais próximos a equipa desloca-se no próprio dia, para treinar mais longe procuram fazer estágios de fim de semana. Os atletas mais consagrados viajam com tudo pago, os aspirantes têm que suportar a sua própria alimentação, uma vez que as verbas não chegam para tudo. Além dos treinos há as deslocações para as provas. Apesar de uma boa parte das provas ser no norte, também há provas no centro e mesmo no Algarve, como a primeira deste ano.

Na reunião fez-se o rescaldo de uma prova em que o Desportivo alcançou dois quintos lugares em juniores, por Bruno Almeida, e em masters 50, por Augusto Pedrosa, um sexto em cadetes, através de Tiago Silva e um sétimo em masters 30, por Manuel Bessa. Podem parecer resultados modestos a quem não acompanha a modalidade, mas isto aconteceu numa prova em que o melhor português na geral (Emanuel Pombo) surge em sexto lugar e depois dele só volta a aparecer um português na posição dezasseis. “Os melhores da modalidade aproveitam as provas internacionais que se realizam em Portugal para marcar pontos para entrar na Taça do Mundo”, explica o diretor. “Nesta prova estavam presentes pilotos de fábrica, como Steve Peat, piloto oficial da “Santa Cruz Syndicate”.

“A associação aposta pouco na modalidade, as provas são feitas sem cronometragem eletrónica e são decididas ao milésimo”

Já no domingo, na abertura do Campeonato Regional, as expetativas da equipa eram baixas. “A associação aposta pouco na modalidade, as provas são feitas sem cronometragem eletrónica e são decididas ao milésimo”, explica Augusto Pedrosa. O sentimento de que são relegados para segundo plano, na associação e na federação, é comum a todos no clube. “No último Campeonato do Mundo a federação levou seis atletas de XCO, entre masculinos e femininos, de DH foram dois, ambos masculinos e da mesma classe”, queixa-se Paulo Pereira, o relações públicas da secção. Apesar dos problemas, fecharam o dia com o 1º lugar de Bruno Almeida nos juniores e com quatro atletas nos cinco primeiros lugares da categoria. Tiago Silva fez segundo nos cadetes, tal como Augusto Pedrosa e Manuel Bessa, nos masters 50 e 30.

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