FÁTIMA ALÇADA

Programadora Cultural

Fátima Alçada

Nome completo
Fátima Maria Alçada Marques Oliveira

Nascimento
26 de Março de 1972, Ovar

Profissão
Programadora CulturalFátima Alçada está de regresso a Guimarães, a uma casa que bem conhece. A ovarense é a nova responsável pela programação de Educação e Mediação Cultural d’A Oficina.

Ao recuar aos tempos de infância, recorda-se que a sua ligação às artes performativas ainda estava longe, havendo nessa altura mais espaço para a cultura. “Naquela altura, as práticas artísticas não estavam assim tão semeadas em Portugal, nem havia tanto acesso. Na minha família não havia e nem há artistas. Mas influências na cultura sim, sobretudo na leitura, na literatura. Os meus avós eram professores e havia sempre essa influência. Mas as práticas artísticas só comecei a ter um contacto maior já adolescente e quando fui para a faculdade onde comecei a ir ao teatro, a ver espetáculos e exposições”, contou.

Estudou em Coimbra, no curso de Línguas e Literaturas Modernas. Mais tarde, já quando descobriu outros interesses, estudou Gestão e Programação Cultural, no ISCTE. “A seguir à universidade dei aulas, fui professora de ingês. Mas foi por pouco tempo, durante dois ou três, no Algarve. Gostei muito de dar aulas e gostei muito desse contacto. Entretanto, estavam a preparar a Capital Europeia da Cultura Porto 2001. Amigos comuns, que trabalhavam na estrutura, estavam a recrutar. Na altura, aquilo entusiasmou-me. Não porque tivesse algum conhecimento, mas achava aquilo uma coisa fantástica. Enviei o meu currículo e foi um acaso. Comecei a trabalhar para a Porto 2001 no início de 2000. Inicialmente, fui para lá fazer trabalho de secretariado, na produção. Depois, fiquei como assistente da diretora de programação, a Manuela Melo, na altura vereadora da Câmara do Porto. Foi uma grande aprendizagem, um privilégio. Foi aí que decidi que era o que queria mesmo fazer. Parei então para estudar”, revelou Fátima Alçada.

Depois de tirar o curso em Lisboa, foi para St.ª Maria da Feira, para trabalhar no âmbito do festival Imaginarius. Pouco tempo depois de lá estar, ouviu falar naquela que viria a ser a sua futura casa, A Oficina. “Ainda não existia o CCVF, mas era todo um mundo novo que ia surgir e precisavam de reforçar a equipa. Vim a uma entrevista com o José Bastos e em 2004 comecei a trabalhar em Guimarães, onde fiquei durante seis anos, até 2010”, disse. Fátima Alçada, embora ovarense, não escondeu que Guimarães tornou-se na sua segunda casa. “O primeiro impacto de Guimarães é de deslumbramento. É uma cidade tão bem organizada, tão distinta do resto do país que ainda se torna mais especial. Não sou vimaranense, mas é a minha segunda casa. Mesmo depois de ter deixado de trabalhar cá, continuei a frequentar Guimarães”, sublinhou.

Saiu de Guimarães para voltar a St.ª Maria da Feira, desta vez, para assumir a coordenação técnica do festival Imaginarius. Contudo, recebeu um convite para dirigir o teatro de Estarreja, aceitando o desafio. “Foi um período muito feliz, pois sentia imensa falta dos teatros, dos palcos e das plateias. Entretanto, houve eleições autárquicas, em 2013, e na minha cidade, Ovar, o novo executivo convidou-me para trabalhar num projeto artístico de cidade. Aceitei o desafio”. Fátima Alçada deixou esse cargo e regressou a Guimarães no último mês de março.

“Estou de volta!”, exclamou. “É um regresso que também é uma primeira vez. A cidade e A Oficina estão muito diferentes. Então A Oficina teve um crescimento exponencial. Agora existe o CIAJG, a Casa da Memória, o Centro de Residências. É um processo novo. Algumas coisas são-me familiares, mas este é mais um desafio”, referiu a nova programadora da Educação e Mediação Cultural. Sobre esse conceito, um pouco difícil de definir, explicou que é uma área que trabalha com “todo o público que não conseguimos engavetar no público geral”, referindo que sempre foi uma área pela qual se interessa muito. “A Oficina não só cresceu, como está numa trajetória quase de renovação. E isto é percetível para quem está a 100 quilómetros de distância”, concluiu Fátima Alçada.

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