Filipa Azeredo

Por Rui Dias.

Filipa-Azeredo

Nome completo:
Filipa Alexandra Fonseca Silva Azeredo

Data de nascimento:
17/02/1977

Naturalidade:
Guimarães

Profissão:
Gestora/Diretora do Voleibol do VitóriaDesde que se lembra, na escola os números sempre lhe foram mais familiares que as letras. Não tinha dúvida que seria um curso ligado aos números o seu destino. Estudou na Escola Secundária da Veiga, administração que era onde podia ter os números mais por perto.

No momento de escolher um curso superior, porém, vacilou: matemática ou contabilidade? A maior parte das pessoas faria uma opção e depois de a tomar agarrar-se-ia a ela, sem nunca saber o que poderia acontecer se tivesse escolhido o outro caminho.

Filipa Azeredo não fez aquilo que é comum. Entre um e o outro curso, decidiu tirar os dois. Começou por tirar matemática na Universidade Portucalense. Na universidade, aprendeu matemática e descobriu o gosto pelo voleibol.

Ao contrário do que é vulgar entre os dirigentes desportivos, Filipa Azeredo não tem um passado ligado ao desporto. “Na universidade os meus amigos todos jogavam voleibol. Na altura o Vitória também estava a começar na modalidade e eu comecei a seguir”, explica.

Curso terminado, o normal seria começar a dar aulas, mas naquela altura o ensino já estava saturado, até para os professores de matemática. “Não fiquei colocada a dar aulas no primeiro ano e, por isso, comecei a trabalhar na empresa do meu pai”, recorda.

Se já havia uma decisão anterior de tirar o curso de contabilidade, agora havia uma razão prática que o justificava. A responsabilidade da contabilidade da Oxiguima, uma empresa, com 30 anos, que dedica à venda de máquinas, ferramentas, gás industrial e medicinal, fez com que procurasse mais conhecimentos. Foi estudar contabilidade na Universidade Lusíada e cumpriu o sonho inicial de tirar as duas licenciatura.

Em maio de 2003, casou com um antigo jogador de basquetebol do FC Porto, mas o voleibol continuou a mandar mais lá em casa. Quando chegou o momento das filhas escolherem um desporto, confessa que, “tive alguma influência na decisão pelo voleibol”. O pai contribuiu com os genes, do seus 196 cm as filhas foram buscar 170 cm, a de 14 anos e os 175 cm, a de 16 anos.

Acabou por chegar à direção do voleibol do Vitória por acidente. “Há um ano atrás, era apenas uma mãe que acompanhava as minhas filhas”, afirma. Quando esta direção decidiu alterar a liderança do voleibol, pediram-me para integrar um grupo de pais que deveriam ajudar a diretora Carla Nunes. “Nesta altura ainda não era nada na estrutura, nem sequer era seccionista”, recorda. Depois, com a necessidade de Carla Nunes se retirar por motivos pessoais, tudo se precipitou. “A direção entendeu que eu, porque estava mais a par da parte financeira, seria a pessoa correta para assumir os destinos do voleibol”, conta.

Confessa que gostou da experiência, apesar de não ter sido planeada e de tirar muito tempo à vida pessoal. Afirma que gosta de estar em tudo, “desde a montagem do campo, passando pela chegada dos jogadores, até ao jogo propriamente dito”. Lembra as viagens para acompanhar as equipas e o tempo que isso obriga a estar fora de casa, mas não se lamenta.

Só tem pena da época não ter chegado ao fim com normalidade. “Se tudo tivesse corrido normalmente teríamos organizado a final four de sub 21 masculinos, provavelmente seríamos campeões em casa e a nossa equipa feminina já estaria na I Divisão”.

Agora, já está focada na próxima época, com o desafio de lutar pela subida logo em setembro.

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