André Teixeira
Por: Rui Dias
Nome completo:
André Francisco Soares Carvalho Alves Teixeira
Data de nascimento:
22 de outubro de 1995
Naturalidade:
Guimarães
Profissão:
Engenheiro Informático/Estudante“Leitor ávido, escritor amador”, assim se lê no curriculum de André Teixeira. A formulação é cativante e diz-nos muito de quem assim se descreve. De facto, em 25 anos, André Teixeira já fez muito mais coisas do que muitas pessoas numa vida inteira. Mas, e sobretudo, percebe-se que faz o faz com paixão. Ainda assim, não deixa coisas a meio, mesmo quando elas não são exatamente aquilo que esperava.
Foi o que aconteceu com o primeiro curso universitário que frequentou. Chegado ao fim do secundário, “não sabia muito bem o que fazer”. Acabou por se decidir pela Engenharia Informática para, muito cedo, perceber que “afinal não era aquilo”. Queixa-se da falta de formação humana, de que os cursos de engenharia formam trabalhadores, gente formatada para o mercado de trabalho, treinados para produzir mercadorias. “Não era isso que queria”, queixa-se.
“Creio que só tive uma verdadeira consciência política quando entrei na faculdade. Foi um momento de repensar as escolhas. Refleti sobre qual seria a minha parte na sociedade e como é que poderia intervir nela para a melhorar. É curioso que entrei para o curso de Engenharia Informática com a convicção que essa seria uma forma de intervir positivamente na sociedade”. Foi uma desilusão. Mesmo assim cumpriu, não só a licenciatura, mas também o mestrado.
“Terminei o curso e não sabia o que fazer. Sabia que não queria trabalhar na área”. Foi assim que se lançou numa segunda licenciatura, desta vez em Direito. A frequentar o terceiro ano do curso, está satisfeito. “Claramente foi uma decisão mais consciente do que aos 17 anos, quando acabou o secundário”, reconhece.
Político, talvez mesmo antes de se reconhecer como tal, até porque sempre teve uma enorme vontade e disponibilidade para participar. Define-se como um homem de esquerda. Chegou tarde à Juventude Socialista, mas por uma decisão consciente, não foi arrastado por amigos. Foi por uma real necessidade de participar, “de ter impacto”.
É membro da Comissão Política da Concelhia de Braga da JS e da Comissão Política Distrital. Embora mantenha as suas raízes vimaranenses – “os pais fazem a gentileza de ainda me cederem um quarto” –, a participação política fá-la em Braga, porque, na altura em que se filiou, já andava por lá a estudar.
Seria aborrecido e fastidioso enumerar os cargos que André Teixeira já desempenhou, em inúmeras associações, nomeadamente do movimento estudantil. É ele próprio que destaca a Associação de Debates Académicos, onde desempenhou vários cargos. A marca que esta associação lhe deixou está relacionada com a sua natureza, um espaço de debate para os alunos.
É com um programa que visa recuperar o debate nas Reuniões Gerais de Alunos que se candidata a presidente da Mesa da RGA da UMinho. “No momento em que nos encontramos os estudantes devem estar atentos, debater, reivindicar. Os estudantes devem debater mais, procurar concordância no meio do caos que é a Assembleia Geral”. Reconhece que é um projeto com algum romantismo, mas, ainda assim, atreve-se a tentar.
Obstinado, procurou logo que pode corrigir uma “má opção” de juventude. O abandono das aulas de música. Ainda foi a tempo de aprender a tocar piano.
Um dos momentos que destaca no seu percurso de juventude foi a participação no Projeto Comenius, que lhe permitiu conhecer estudantes de outros países. A faceta para o contato humano nunca desapareceu, mesmo quando andava “à deriva” na engenharia. A sua tese de mestrado intitula-se “Os efeitos da emoção na interação homem máquina”.
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