A TODOS UM BOM NATAL!
Ângela Oliveira Advogada
por ÂNGELA OLIVEIRA
Advogada
- É um facto consumado que em Guimarães não há problemas de mobilidade ou estacionamento no centro da cidade. Aliás, qualquer munícipe que se atreva a pensar e afirmar que em cidades como Braga ou Porto se consegue, a qualquer hora estacionar em pleno centro da cidade terá que se preparar para enfrentar uma verdadeira a artilharia dos homens bons da cidade, defensores do verdadeiro espírito vimaranense e do que é bom ou não para o nosso concelho e, se a Camara Municipal diz que não há problema nenhum é porque não há qualquer problema! Cala-se o atrevido, condena-se a auto de fé e ergue-se rapidamente a fogueira…
“Há estacionamento mais que suficiente! Venham ao centro histórico fazer compras, mas estacionem no Campo de S. Mamede, no Estádio, no Centro Cultural Vila Flor…andem a pé, com sacos, carrinhos de bebé, crianças pela mão…com chuva, com vento, de noite, nada é justificação para as pessoas reclamarem o estacionamento retirado do centro“
Fecha-se o centro histórico ao trânsito porque somos uma cidade moderna, amiga do ambiente e do desporto. Quem quiser trabalhar, visitar ou fazer compras no centro histórico e não tiver a sorte de cá chegar num moderno autocarro dos operadores turísticos que chegam do Porto para ser descarregado ao pé da Muralha, tem garantida uma demanda por estacionamento e uma caminhada em prol da saúde.
Quem não vê com clarividência tudo isto, é porque é contra Guimarães! Assim o dizem os bafejados pelos ventos do Convento de Santa Clara. Vai construir-se um estacionamento no centro da cidade, vão gastar-se pelo menos, e até ver, 7 milhões de euros por 400 lugares, vão expropriar-se imóveis, mas não é por necessidade… isso é que não, é porque… e fica o silêncio…( eu arriscaria em dizer que é porque a oposição ao executivo camarário vem reclamando estacionamento há muito tempo, mas quem manda não quer dar a mão à palmatória).
- Quem conseguir estacionar, poderá apreciar as iluminações natalícias e a animação de rua assegurada pela emissão de uma rádio local… e mais uma vez somos obrigados a horas de publicidade nos altifalantes em contínuo massacre para quem ali vive e trabalha. De tudo o que pode ser inventado, criado ou até copiado, a programação natalícia no centro histórico parece resumir-se a uma árvore gigante e emissão de rádio. Nada contra a iluminação ou a árvore, que até anima as redes sociais com animadas fotografias. Já a rádio, confesso…é um desgosto pessoal, de quem preferia ouvir música (com peso e medida) a publicidade.
Não há Capital Europeia da Cultura que nos ilumine! E numa época de férias escolares, de turismo, de compras…não há animação de rua que nos salve, não há um motivo extra que nos atraia ao centro histórico e que nos faça esquecer a falta de estacionamento e o aquecimento dos centros comerciais.
Queríamos nós ser bafejados pelos mesmos ventos que os homens bons da cidade, mas assim fica difícil. Para quem vive fora da cidade, apenas luzinhas a piscar não é grande concorrência às pistas de gelo e programação natalícia amplamente anunciadas pelas nossas cidades vizinhas. Depois do Natal falámos! Até lá, boas festas a todos!
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