Administração da Coelima deita a toalha ao chão

Num documento enviado ao Tribunal de Guimarães, a administração da Coelima justifica que "não obstante o trabalho desenvolvido, não foi possível obter os apoios necessários à sua recuperação e à viabilização da implementação de um plano de insolvência”.

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Num documento enviado ao Tribunal de Guimarães, a administração da Coelima justifica que “não obstante o trabalho desenvolvido, não foi possível obter os apoios necessários à sua recuperação e à viabilização da implementação de um plano de insolvência”, adianta o Jornal de Notícias na sua edição online.

© Eliseu Sampaio/Mais Guimarães

A notícia refere que a administração concluiu “não estarem, neste momento, reunidas as condições que permitam assegurar a manutenção da exploração da empresa, opção que se mostra, assim, inviável nas condições atualmente existentes”.

Desta forma, a empresa não apresentará um plano que vise a sua recuperação e a retoma da laboração e o próximo passo do processo de insolvência será a sua liquidação, “em conformidade com o que vier a ser decidido pelos credores quanto ao destino dos ativos apreendidos para a massa insolvente”.




A empresa salvaguarda, no entanto, no documento enviado ao tribunal, que está em curso “um processo de aproximação por parte de um consórcio de investidores que poderá permitir a preservação da atividade económica” da Coelima.

A 23 de abril, o Mais Guimarães noticiava que a Polopique, JF Almeida e uma parceria entre a Mundifios e a Lameirinho eram potenciais interessados na aquisição da quase centenária empresa de Pevidém. A Câmara Municipal, envolvida nas negociações como mediadora, confirmava o interesse de algumas destas empresas.

A  têxtil Coelima foi declarada insolvente pelo Tribunal de Guimarães no dia 22 de abril, com um passivo de 29,5 milhões de euros.




O tribunal aceitou o pedido de insolvência e nomeou como administrador Pedro Pidwell. À empresa foi apresentado um prazo de 30 dias para apresentar um plano de insolvência que previsse a continuidade da exploração.

Os dois maiores credores da Coelima são a Caixa Geral de Depósitos e o Fundo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas. No conjunto, as duas entidades suportam 80% do passivo da Coelima. O banco público detém 42% da dívida da empresa, mais de 8,5 milhões de euros e o FACCE suporta 7,8 milhões de euros, 38% do passivo da têxtil.

A têxtil Coelima foi fundada em 1922 e já empregou mais de 3.000 trabalhadores, contando, agora, com 253.

Em 2011, foi integrada no grupo Moretextile criado pela ECS Capital que incluía também a JMA, e a António Almeida & Filhos.

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