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“ASSÉDIO MORAL” FOI TEMA QUENTE NA REUNIÃO DE CÂMARA

Acerca do estatuto da oposição.

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Na discussão de um ponto acerca do estatuto da oposição, que constava na Agenda da reunião do Executivo desta quinta-feira, Bruno Fernandes, vereador do PSD, referiu que existiu “assédio moral e político” por parte dos socialistas, para que presidentes de Junta da Coligação JpG se candidatassem posteriormente pelo PS, dando o exemplo de Patrício Araújo, Presidente da União de Freguesias de Atães e Rendufe.

“Estamos a analisar o estatuto da oposição relativamente ao passado e o que quis trazer foi um exemplo concreto do mandato anterior. Este é um tema difícil, sabemos disso. Quantos presidentes de Junta, ao longo de 30 anos, foram eleitos nas listas da oposição e depois foram eleitos e candidatos pelas listas do Partido Socialista? O assédio é muito claro. Quem distribui os investimentos diz que é muito mais fácil se estiver daquele lado. Se assumir o compromisso de ‘virar’, terá a obra. Isto é inaceitável. Deixamos claro que reprovamos essa imoralidade”, referiu o líder do PSD de Guimarães.

O uso da expressão “assédio moral” foi justificado pelo vereador. “Quis trazer como metáfora daquilo que é feito. Se virem na definição, significa o superior exercer pressão sobre o subordinado. As Juntas não dependem diretamente da Câmara Municipal, mas dependem diariamente. Ou seja, tudo o que é feito é com autorização ou por atribuição por parte da Câmara. O que trouxe foi o exemplo de um presidente de Junta que assumiu isso publicamente. Isso está escrito”, sublinhou Bruno Fernandes. O líder do PSD de Guimarães deixou ainda uma sugestão aos jornalistas: “estudem a vila de Ponte e a UF de Atães e Rendufe. Façam esse trabalho”, concluiu.

Domingos Bragança não aceita que o termo “assédio moral” seja associado à autarquia vimaranense. “Obviamente que não aceito que se use esta expressão. Assédio moral não existe aqui na Câmara. Depois corrigiu para assédio político, que também não gostei, mas aceito o conceito. Agora, assédio moral não aceito”, apontou, deixando a resposta para o Presidente mencionado na reunião camarária, Patrício Araújo.

Em declarações ao Mais Guimarães, Patrício Araújo, Presidente da UF de Atães e Rendufe, negou ter sofrido de assédio moral. “Foi uma situação de impulsão e não de fidelização partidária. Nunca tive pressão de ninguém, nem sei sequer em que ponto é que isso surgiu. Eu percebo a preocupação da oposição. A gestão do PSD de Guimarães tem sido um bocado intermitente, e é normal que o doutor Bruno dê uns recados para dentro. A preocupação do PSD é que isto não volte a acontecer, porque senão depois não têm candidatos. Toda a gente sabe que eles têm uma dificuldade tremenda em arranjar candidatos”, referiu o autarca.

Patrício Araújo justificou ainda a sua passagem do PSD para o PS com a proximidade que Domingos Bragança tem com os presidentes de Junta. “É impossível as pessoas não acreditarem neste Presidente e no projeto que ele tem para Guimarães. Deixo-vos o desafio: questionem os Presidentes de Junta sobre o que têm a dizer sobre este Presidente de Câmara. Façam uma comparação entre o passado e o presente. Qualquer Presidente de Junta se sente confortável com este Presidente de Câmara”, concluiu.

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