CDU não desiste da construção da ligação ferroviária entre Guimarães e Braga

Numa reunião entre os membros da CDU e a Delegação Regional de Braga da Ordem dos Engenheiros, os comunistas insistiram na ligação ferroviária entre Guimarães e Braga.

© Rui Dias

Na reunião, em que foram debatidas questões relacionadas com a mobilidade, o CDU colocou em cima da mesa as “falsas alternativas” que os presidentes de câmara defendem em relação às ligações em formato BRT, apesar das exigências das assembleias municipais de Braga, Guimarães, Barcelos, e também Fafe. Os comunistas alertam que uma viagem de comboio entre Guimarães e Braga demora 1h32, devido à obrigatoriedade dos utilizadores terem que viajar até Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão

Na reunião, foi lembrado que o secretário de Estado das Infraestruturas, o ministro do Ambiente e o ministro da Economia destacaram a importância de investir nos transportes coletivos, declarações que “evidenciaram o contraste entre as boas intenções de defesa da ferrovia e o que o efetivamente o Plano Ferroviário Nacional prevê, a par da falta de fundamentação técnica das propostas do Governo”, aponta o CDU no comunicado.

© CDU

Por fim, os comunistas alertam para a “ausência de estudos técnico-financeiros sérios sobre a ligação ferroviária Braga – Guimarães que possam servir de suporte às decisões políticas, quer por parte do Governo quer por parte das câmaras municipais.

A CDU tem insistido na construção de uma ligação ferroviária entre Guimarães e Braga há vários anos. Numa das ações, em dezembro de 2021, uma delegação da CDU, que contou com a participação dos candidatos à Assembleia da República, Torcato Ribeiro, Bárbara Barros e Tânia Silva, viajou de comboio entre as duas cidades com o objetivo de “demonstrar a necessidade de construção da ligação direta entre os dois maiores concelhos do distrito que, juntos, englobam quase 350 mil habitantes”.

Além disso, a Delegação do Norte da Ordem dos Engenheiros defendeu, em fevereiro deste ano, a construção desta ligação com “tempo de viagem máximo de 10 ou de 15 minutos, se houver uma estação nas Taipas, em alternativa aos autocarros BRT defendidos pelo Governo” e pelo município de Guimarães. A Ordem dos Engenheiros assegurou que o caminho ferroviário entre Guimarães e Braga pode custar entre 400 e 450 milhões de euros, valor que corresponde a “menos de metade que os mil milhões que o secretário de Estado das Infraestruturas afirmou publicamente”, acrescenta o documento enviado pela CDU às redações.

Na proposta apresentada no âmbito da discussão do Orçamento de Estado 2024, os comunistas defendem que “a existência de uma ligação direta entre Braga e Guimarães permitiria uma articulação muito maior e necessária entre estes concelhos e reveste-se de indubitável importância”.

Além disso, a coligação realça que “a falta de ligação direta entre Guimarães e Braga dificulta o uso deste transporte, na medida em que é difícil conciliar horários profissionais ou escolares com os horários dos comboios.”

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