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Crematório de Guimarães vem responder a uma procura crescente por esta opção

O equipamento resulta de um investimento de cerca de 800 mil euros, possui “o que de mais moderno existe nesta área”, segundo Paulo Moniz Carreira, administrador da Servilusa, responsável pela conceção, construção e gestão do crematório, que tem como objetivo a realização de 740 cremações no primeiro ano de funcionamento.

Crematório Monchique

Foi inaugurado na manhã deste sábado, dia 15 de janeiro, o Crematório de Guimarães, localizado no Cemitério Municipal de Monchique, na Costa.

O equipamento resulta de um investimento de cerca de 800 mil euros, possui “o que de mais moderno existe nesta área”, segundo Paulo Moniz Carreira, administrador da Servilusa, responsável pela conceção, construção e gestão do crematório, que tem como objetivo a realização de 740 cremações no primeiro ano de funcionamento.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A Servilusa venceu o concurso público lançado pela Câmara Municipal de Guimarães para a concessão e gestão do espaço, durante 25 anos. O equipamento tem uma capacidade instalada até cinco cremações por dia e, segundo Paulo Carreira, surge para responder a uma “necessidade identificada” não só em Guimarães, como no distrito e na região do Minho.

Com esta inauguração, Portugal passa a dispor de 37 crematórios, 33 no continente, dos quais 10 são geridos por esta empresa. A taxa da opção pela cremação “tem vindo a crescer em todo o país. Era de 5% há 10 anos e é agora de 26%. Mas há cidades que ultrapassam os 40 e 50%”, adiantou o administrador. Poderá, no entanto, não ser o expectável em Guimarães, porque “normalmente isto acontece em cidades onde há mais desenraizamento”.

“A taxa da opção por cremação tem vindo a crescer em todo o país, obviamente que está sempre dependente de haver equipamento disponível, o que não se passava em Guimarães”

Paulo Moniz Carreira

A justificação pela subida da taxa é dada por Paulo Carreira pelo facto de “estarmos a falar de um processo mais definitivo, porque não obriga ao levantamento das ossadas numa sepultura, não obriga a aquisição de sepulturas quando a família não as tem, e não obriga à aquisição das próprias lápides, que têm um custo associado”. Para além disso, adiantou “em modo nenhum retira toda a dignidade do processo ritual”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

“Quando estamos aqui constatamos que estamos num dos cemitérios mais bonitos do país”

Domingos Bragança

O presidente da Câmara Municipal, ao Mais Guimarães, referiu que a inauguração do Crematório “completa” o Cemitério Municipal de Monchique, que desde o início tinha previsto, naquela localização, a construção do equipamento.

Domingos Bragança valorizou a “qualidade do edifício, a qualidade dos materiais, do projeto, mas também da sua funcionalidade” correspondendo às “exigências de arquitetura” para aquele espaço que foi premiado, em 2005, com um Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”.

“O crematório que se pretendeu para aqui não é apenas um forno”, disse também Domingos Bragança, destacando a construção de uma “Capela do Acolhimento, que permite fazer as cerimónias fúnebres, de despedida”. Domingos Bragança terminou referindo que “a família pode aqui estar com toda a dignidade que tem que ter quando nos estamos a despedir dos nossos ente-queridos”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

“A abertura aos crematórios faz parte da leitura que a Igreja vai fazendo dos sinais dos tempos”

Padre Carlos

Presente também na cerimónia, o padre Carlos, pároco da Costa, lembrou que “esta nova modalidade de cuidar dos mortos, no passado era rejeitada pela igreja” e que esta “abertura aos crematórios faz parte da leitura que a Igreja vai fazendo dos sinais dos tempos, acompanhando esta evolução”.

A igreja continuará, no entanto, a “dar a preferência” à versão mais tradicional, e a que ainda é “preferida pela nossa comunidade cristã”, tendo “em consideração o respeito pelo corpo, que entendemos como dom de Deus, e que vem da terra, e à terra volta”.

A inauguração do equipamento poderá, para o pároco, gerar “algum aumento da procura” por esta opção, mas “já havia essa possibilidade”, lembra. No entanto, considera que o “acompanhamento se torna agora mais fácil”, uma vez que, “até agora, as pessoas de Guimarães praticamente se despediam do corpo (que iria ser cremado) na igreja onde faziam a celebração”.

A maioria das cremações de vimaranenses realizavam-se em Famalicão ou Braga.

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