DE VOLTA AOS TREINOS DEPOIS DAS FÉRIAS
Os meses de verão são propícios a alguns excessos, festas, […]
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Professora Joana Alves
Os meses de verão são propícios a alguns excessos, festas, saídas noturnas, jantares com amigos e família, tudo contribui para juntar mais algumas calorias à dieta. As férias também contribuem para o abandono das rotinas de treino e de dieta.
Agora que chegou o outono, que recomeçaram as aulas e que já todos regressaram das férias, é tempo de eliminar os excessos do período estival. Nesta altura os ginásios recebem uma onda de inscrições. São, por um lado, aqueles que pararam durante o verão, por outro lado, aqueles que decidiram que “depois das férias é que vai ser”. Joana Alves, personal trainer e professora de aulas de grupo no ginásio Vital, em Guimarães, e no Gym Tónico, em Braga, confirma esta tendência para as pessoas procurarem mudar os seus hábitos desportivos após as férias. “Voltamos a encontrar este tipo de motivação em janeiro, pessoas que decidem que no novo ano vão começar a praticar exercício”. “Infelizmente muitas destas pessoas perdem-se”- explica a Joana Alves – “treinam em média três meses e depois voltam ao sedentarismo”. Os ginásios, apesar de venderem um produto de que todos precisamos (saúde), têm uma capacidade de retenção dos clientes muito baixa.Mesmo nos ginásios que não se dizem low-cost o serviço está hoje reduzido ao mínimoRafael Martins, diretor técnico de um dos maiores ginásios de Guimarães, explica que há várias razões para as pessoas saberem que têm fazer exercício, tomarem a decisão mas não conseguirem manter-se fiéis a essa resolução: “o ginásio que escolhem é muito importante, há ginásios que servem a umas pessoas e não servem a outras, não por serem melhores ou piores, mas por serem distintos”. Rafael divide os ginásios de acordo com o nível de serviço que oferecem ao cliente, em função daquilo que pagam. “Um ginásio pode dizer que é low-cost e depois ser extremamente caro quando o cliente pretende um acompanhamento que na maior parte dos casos não vai além do básico”, explica Rafael Martins. “Os clientes que se inscrevem nestes ginásios, ou sabem treinar autonomamente e fazem um excelente negócio, ou acabam por desistir”. Segundo Joana Alves, “mesmo nos ginásios que não se dizem low-cost o serviço está hoje reduzido ao mínimo, para condicionar os clientes para a compra de personal training”. Esta postura por parte dos ginásios, focados na redução de custos com pessoal e na maximização dos lucros, tem feito descer o preço das mensalidades, mas também tem reduzido a qualidade do serviço.“O cliente paga e depois tem que se esforçar para obter o resultado”, Rafael Martins“Claro que não nos podemos esquecer que, ao contrário de outros negócios, os ginásios vendem esforço. O cliente paga e depois tem que se esforçar para obter o resultado”, ironiza Rafael Martins. O segredo para aderir ao treino, segundo este técnico, passa por escolher bem o ginásio, “não pelas máquinas ou pelo marketing, mas sim pela localização, a cinco minutos a pé ou no máximo dez de carro, pelos serviços que oferece em função do preço, pelas aulas de grupo, por ter acompanhamento independentemente do personal-trainer, embora também deva ter este serviço bem implementado”. Outro fator importante é procurar treinar acompanhado. Segundo Joana Alves, “as pessoas que treinam com amigos têm muito mais probabilidades de aderir ao treino do que aquelas o fazem sozinhas”.
Para aqueles que vão agora começar a treinar, Joana Alves aconselha: “procure um ginásio perto de casa ou do trabalho, arraste um amigo ou um familiar, para não treinar sozinho, verifique se o ginásio acompanha os clientes e procure um personal-trainer se for obeso, doente cardiovascular, se tiver diabetes, problemas osteoarticulares ou músculo-esqueléticos. Em caso algum deve comprar um serviço de personal-trainer sem conhecer o serviço do técnico, é como nuns sapatos, tem que experimentar para saber se serve”.
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