Façam os mínimos, no mínimo.
Por Ana Amélia Guimarães.
por Ana Amélia Guimarães Professora
O debate sobre a defesa da floresta portuguesa e sobre a prevenção e o combate aos incêndios tem, no nosso país, décadas, com momentos mais densos a seguir aos grandes incêndios, como aconteceu em 2003, 2005, 2017 e 2018.
Há cinco anos o Governo anunciava a maior Reforma da Floresta desde o tempo de D. Dinis. Cinco anos depois, a vida aí está a provar que o que falta fazer no terreno é muito.
Falta responder às causas estruturais que estavam identificadas e aí foram confirmadas – abandono do Mundo Rural, degradação dos serviços públicos (de educação, saúde, correios, transportes, Segurança Social), destruição da pequena e média agricultura, substituição de áreas de produção agrícola por matos ou monocultura de floresta – que resultam na desertificação e no despovoamento.
Falta assegurar os meios adequados e a coordenação necessária às forças de protecção civil e, designadamente, aos bombeiros, que vivem hoje uma situação aflitiva, em particular pelo aumento dos custos dos combustíveis.
Falta garantir, como recomendou a Comissão Técnica Independente, que os apoios públicos se dirijam preferencialmente para as regiões onde se registam mais incêndios, ou seja, a região de minifúndio do Centro e Norte do país.
E só por falta de espaço não se enumeram outras falhas e faltas.
Na questão ambiental há que ousar romper com a alternativa da mesmidade. A nível local também.
Mais de três décadas de maiorias absolutas e o PS não conseguiu resolver nenhum dos problemas que continuam a marcar a nossa rotina autárquica, seja a coesão territorial do concelho, sejam os transportes e acessibilidades (por exemplo, só há um comboio direto Guimarães/Lisboa – intercidades – às 16 horas e 40, que não serve nada nem ninguém, sobrealimentando, por isso, a circulação das camionetas-expresso… e então a questão ambiental? E a tão propagandeada descarbonização? Eis aqui uma nódoa que reduz à insignificância o discurso ambiental do município), seja no acesso e democratização da cultura ou o nó-górdio do trânsito.
Nota: a semana passada uma rajada de vento mais robusta derrubou com facilidade impensável uma árvore de grande porte, que tombou mesmo no centro de um jardim público, na freguesia de Azurém. A árvore quebrou pela base, o tronco estava podre, esboroado… Quantas outras há nesse estado? Tratem das árvores, por favor.
Façam os mínimos, no mínimo.
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