GUIMARÃES COMEMOROU 889 ANOS SOBRE O DIA PRIMEIRO DA NAÇÃO

Foi com a subida ao estrado, para selarem a geminação da cidade de Guimarães e de Dijon, do maire e do presidente que se deu início à cerimónia.

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Guimarães e Dijon selaram um acordo de geminação

A Secretária de Estado Adjunta da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, em representação do Governo, presidiu à sessão solene de comemoração dos 889 anos da Batalha de São Mamede. A cerimónia iniciou com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia de Pedrógão Grande.Foi com a subida ao estrado, para selarem a geminação da cidade de Guimarães e de Dijon, do maire e do presidente que se deu início à cerimónia.

A referência às vítimas esteve presente nos três discursos da tarde. Quem primeiro tomou a palavra foi o maire (presidente de Câmara) de Dijon, François Rebsamen, e foi também ele o primeiro a referir as vítimas, lembrando a solidariedade do povo francês e solidarizando-se com a dor dos portugueses. O maire de Dijon frisou o facto de as duas cidades estarem ligadas há quase 900 anos, primeiro pelo Conde D. Henrique, que era oriundo daquela região da Borgonha, e mais tarde, no Século XV, pelo casamento de D. Isabel de Portugal, filha de D. João, com Filipe da Borgonha.

François Rebsamen lembrou os “discursos populistas, que crescem na Europa”, e o Brexit, no momento em que Guimarães e Dijon selam a sua união através de um acordo de geminação. Para o maire de Dijon, “60 anos depois do tratado de Roma é fundamental a construir uma Europa unida solidária e em paz e foi nesse sentido que vim a Guimarães”. O autarca francês lembrou os pontos fortes da região da Borgonha e da metrópole de Dijon e enumerou os aspetos em que espera que as duas cidades possam construir “uma parceria ambiciosa, dinâmica e ambiciosa”.

François Rebsamen lançou o convite a Domingos Bragança para uma visita a Dijon, em abril de 2019, altura em que a cidade reabre o Paço dos Duques de Borgonha, depois de reabilitado. O discurso do maire terminou com votos de que a parceria entre as duas cidades seja profícua e duradoura.Helena Mesquita Ribeiro representou o Governo portuguêsA secretária de Estado adjunta e da justiça falou da sua afinidade com Guimarães lembrou que Portugal era na sua fundação um reino com poucas probabilidades de sucesso. “Pequeno, isolado e pobre”, entalado numa região periférica sujeito aos interesses dos “nobres galegos de um lado e da nobreza leonesa de outro e acossados pelos mouros”, foi assim que Helena Mesquita Ribeiro caracterizou as dificuldades que o nosso primeiro Rei enfrentou. “Com apenas 18 anos e sem apoio familiar, ter-lhe-ia sido mais fácil viver a vida confortável de um fidalgo”, acrescentou a secretária de Estado para evocar a importância de hoje continuarmos a comemorar a Batalha de São Mamede.

A cerimónia teve dois momentos musicais. Um primeiro mais carregado, pelo sentimento de dor relacionado com a perda de vidas humanas nos incêndios do centro do país, e um segundo mais alegre. Os dois interlúdios musicais foram da responsabilidade do Quarteto de Cordas da Orquestra de GuimarãesDomingos Bragança encerrou a sessão soleneDomingos Bragança disse que Guimarães “sente a dor de Portugal de um modo muito próprio, como sentimos de um modo muito próprio quando Portugal se eleva”. O presidente lembrou “o extraordinário ímpeto identitário da batalha que fundou Portugal” em que “prevaleceu” um povo, em circunstâncias em que teve que se transcender. “É indisfarçável a força deste passado no nosso presente”, disse o presidente da Câmara de Guimarães. O presidente comparou a vida dos nove homenageados nesta sessão, com os valores em cima dos quais foi erigido Portugal.

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