Nuno Silva: “Ser vitoriano e jogar de rei ao peito é um orgulho muito grande”

Natural de Guimarães e com uma vasta experiência no andebol, o central Nuno Silva é reforço sonante dos conquistadores para a temporada 2023/2024.

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Natural de Guimarães e com uma vasta experiência no andebol, o central Nuno Silva é reforço sonante dos conquistadores para a temporada 2023/2024. Formado no Xico Andebol e com passagens pelo Madeira SAD, Sporting, ABC, HSC Suhr-Aarau (Suíça) e Marítimo, quer deixar a sua marca no clube de coração.

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Como é regressar à tua cidade e ao teu clube?

Sinto-me muito feliz por voltar a casa, ainda por cima para representar um clube que me diz muito desde que nasci. Sou sócio desde o primeiro dia. Na minha família somos todos vitorianos. Ser vitoriano e jogar de rei ao peito é um orgulho muito grande.

No passado era um sonho que pensavas ser possível?

Não pensava muito, porque o Vitória não existia. Desde que surgiu o projeto, fui alimentando a esperança e sonhava um dia representar o clube na primeira divisão, desde que o Vitória também o desejasse, é claro.

Atendendo à tua carreira, sentes que é uma maior responsabilidade?

A responsabilidade de quem representa este clube tem de estar sempre presente. Além disso, como já tenho experiência e muitos anos disto, não quero defraudar as expectativas de quem acreditou
em mim.

Conheces bem a realidade da primeira divisão. O Vitória terá muitas dificuldades?
Cada vez mais a primeira divisão está muito equilibrada e, este ano, com a redução de equipas, ainda mais equilibrada vai estar. Vai serum ano muito difícil e competitivo, mas vamos à luta.

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O que te foi pedido?

Pediram-me para ajudar com a minha experiência e a transmitir a mística do que é ser do Vitória. E é com esses dois fatores que vou e vamos trabalhar para atingir os objetivos, que passam pela manutenção.

Vais reencontrar um treinador que conheces…

Sim, já o conheço há muitos anos. Já foi meu treinador universitário, com quem me dou bem e que tem capacidades para singrar. É uma pessoa do andebol. Ainda me lembro de o ver jogar, quando ainda
era jogador do Xico. É uma aposta muito segura.

És vitoriano e vimaranense, mas o Xico Andebol também faz parte da tua história…

Sem dúvida. Sou vitoriano, mas devo ao Xico a minha formação pessoal e a minha formação como jogador. É um clube que vai ficar sempre gravado na minha memória e no meu ser.

Falar de ti, é falar também do teu irmão. Como tens visto a carreira do Rui?
É uma alegria enorme e um grande entusiasmo. Jogo com ele desde que era pequenino. Ver o que ele conseguiu, sendo capitão e marcar presença nos Jogos Olímpicos, deixa-me muito orgulhoso.

E falar da Paula Ferrão…

Só facto de ser mãe já diz tudo. É o expoente máximo do que podemos querer. Sempre nos apoiou. Continua a ser uma super mãe.

Foi-lhe atribuído recentemente o prémio homenagem. Consegues descrever em palavras esse momento?

Foi uma homenagem justa, por tudo aquilo que ela fez pelo desporto em Guimarães e que continua a fazer.

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Como é que ela encarou o teu regresso a Guimarães e ao Vitória?

Está super feliz. Ter os dois filhos a morar em Guimarães, coisa que já não acontecia há muito tempo, deixa a minha mãe entusiasmada e contente.

E já te deu algum conselho especial?

Nem por isso, mas por ela já tinha regressado mais cedo a Guimarães. Quando surgiu a oportunidade, só me disse para voltar para casa.

Já tens planos para o futuro?

Quero continuar a jogar, mas depende sempre do que o corpo permitir. Mas sinto-me muito bem e, enquanto me sentir bem e o Vitória me quiser, estarei por cá de corpo e alma. Depois, logo se verá.
Mas sei que treinador não serei. Acho que não tenho perfil. Continuarei ligado ao andebol, mas de outra forma. O meu filho já joga andebol e de certeza que irei acompanhar a carreira dele.

E como viste a aposta do teu filho em jogar andebol?
Foi uma situação natural, porque desde pequeno que vai ver os meus jogos e os do meu irmão.

Ele tem o jeito do pai ou do tio?

Ele vai ser melhor que os dois. Se continuar a trabalhar, sem dúvida que vai ser melhor.

Com sócios apaixonados e um apoio constante, achas que o calor que possa chegar das bancadas pode ser importante para alcançar a manutenção?

Não tenho dúvidas. Aliás, será um dos melhores reforços. Este ano, na Taça de Portugal e ao serviço do Marítimo, estava um ambiente muito bom e tivemos muitas dificuldades.

Com o apoio deles, os adversários irão sentir maiores dificuldades. Na tua carreira, qual o melhor momento que destacas?

A Taça de Portugal que ganhamos pelo Xico. Éramos um grupo da formação do clube e, sendo novinhos e ganhar ao Sporting, é um momento que jamais esquecerei.

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