Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesEntre o passado, presente e futuro, preferencialmente devemos concentrar-nos mais nos dois últimos tempos. Digo eu.

O passado é importante (claro que é) porque deu-nos a experiência e a possibilidade de vivermos a realidade de hoje, que é mais ou menos boa ou mais ou menos má, resultado das escolhas que fizemos atrás, naquelas circunstâncias, e sobre as quais já não estamos a tempo de agir.

O presente é este instante, o momento em que lê esta crónica. Quanto ao futuro, o instante a seguir, e depende do que fazemos agora e do que construiremos, das ações que desenvolvermos a partir daqui.

Domingos Bragança lançou o repto, e bem, a todos os candidatos, de todos os partidos, que apresentam candidaturas às legislativas de 30 de janeiro, para que coloquem nos seus programas a ligação, por eixo ferroviário, de Guimarães à futura estação de Alta Velocidade, numa nova ligação entre o Porto e a Galiza, que o atual Governo, com fundos do Plano de Recuperação de Resiliência, colocou em cima da mesa.

2022 será, muito provavelmente, um ano decisivo quando à nova linha rápida e também quanto à localização da estação e das ramificações que daí venham a ser consideradas. André Coelho Lima, vice-presidente do PSD e cabeça de lista dos sociais democratas já veio afirmar que, a construir-se a linha e a estação, Guimarães tem de ser considerado, mas continua a defender que Guimarães deve preocupar-se, numa primeira fase, em aproximar o mais possível a linha do seu território. Outros candidatos deverão juntar-se, naturalmente, a este objetivo que, pela sua relevância, deve agregar todos.

O futuro passa em alta velocidade, o futuro de Guimarães é por aí, por manter este território e as suas pessoas e empresas ligadas aos principais pontos do país. Se o conseguir, recuperará alguma da importância regional que já teve, e que todos desejamos que volte.

Concentremo-nos, para não perdermos a viagem ao futuro.