A vereadora acrescenta que Domingos Bragança, presidente do município, “não tem conseguido exercer a influência que era suposto junto do Governo central. O presidente tem dado conta que envidou esforços com ministros e com o primeiro-ministro e ninguém responde.”

Na reunião de câmara que foi realizada nesta quinta-feira, dia 11 de janeiro, Vânia Dias da Silva caracterizou a chegada de 2024 como “ano novo, vida velha”, lembrando que os desejos do presidente da câmara de Guimarães “são assuntos velhos que anuncia ano após ano sem nenhuma consequência, porque continuam no mesmo estado.”

A oposição questionou Domingos Bragança sobre dois projetos em específico, sendo eles o novo edifício do Campus da Justiça, tema que foi debatido na reunião do executivo anterior, bem como o nó de Silvares. Vânia Dias da Silva pede “respostas, compromisso e prazos” para uma cidade que “carece de projetos que são enunciados. Apesar da preocupação, nada acontece”, acrescenta.

Sem “nenhuma novidade” em 2024, a vereadora considera que este ano Guimarães “vai continuar no mesmo ponto, com o trânsito difícil para quem quer entrar ou sair na zona de Pevidém. É angustiante que o problema ainda não tenha sido resolvido.”

Em defesa, o edil sublinha que “não há perda de influência nenhuma” e questiona “o que Guimarães não tem conseguido do Governo?”. Além disso, Domingos Bragança dá conta das suas conversas com o “primeiro-ministro no almoço e com os ministros por telefone.”

Em relação ao novo edifício do Campus da Justiça, o autarca conta que esse foi um dos assuntos falados com António Costa durante o almoço, após a inauguração do Instituto Cidade de Guimarães, nesta quarta-feira, dia 10 de janeiro.

Segundo Domingos Bragança, o primeiro-ministro adiantou que a “decisão foi tomada nos protocolos, nos contratos assinados com o Ministério da Justiça e na decisão do Conselho de Ministros em maio passado.” Recorde-se que a 04 de maio de 2023, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, anunciou que haveria um investimento de 25 milhões de euros para obras no distrito de Braga do Plano do Edificado para a Justiça. Entre os projetos, constava a construção de um novo edifício no Palácio da Justiça de Guimarães.

O presidente do município de Guimarães assegurou também que António Costa “assumiu que ia acelerar este processo com a ministra da Justiça.” O edil explicou que o projeto preliminar está pronto, que tem cerca de 10 mil metros quadrados. Todavia, Domingos Bragança não quer “divergências” com o ministério da Justiça e admite que “se este entender que deve ser menos, é quem vai pagar e que o faça menor.”

No almoço com o primeiro-ministro, Domingos Bragança ainda falou com António Costa sobre o território de Guimarães, a mobilidade na cidade (para que as estações e apeadeiros sejam da posse da câmara), as políticas de sustentabilidade ambiental e ainda sobre aquilo que o edil entende ser o “próximo grande projeto de Guimarães”, que é a escola de Engenharia Aeroespacial. Neste âmbito,  Domingos Bragança pediu ao primeiro-ministro para fazer uma visita à fábrica do Arquinho e ao Teatro Jordão.