Passo importante dado para o Parque de Lazer Naturalizado em Briteiros

O acordo contempla a criação de um “parque de lazer naturalizado” nos terrenos contíguos ao Museu da Cultura Castreja, à boleia da candidatura para a recuperação do rio Febras.

© Helena Lopes/Mais Guimarães

A Câmara Municipal de Guimarães, a União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia e a Sociedade Martins Sarmento (SMS) firmaram, na manhã deste sábado, dia 22, um protocolo de colaboração tendo em vista a criação de um Parque de Lazer naturalizado nos terrenos contíguos ao Museu da Cultura Castreja, que ocupa o solar pertencente à antiga Quinta da Ponte.

Foi em 2022 que a União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia formalizou junto da SMS, proprietária do Museu da Cultura Castreja e do restante terreno, o interesse de criar ali um parque de lazer, a instituição aceitou o pedido, colocando como condição o seu envolvimento na definição e coordenação do futuro parque de lazer.

Sara Terroso, arquiteta do Laboratório da Paisagem foi quem esteve responsável pela apresentação do projeto que apelidou de “especial” pela sua envolvência natural. Tem aproximadamente 40 hectares, abrange três freguesias do concelho. O projeto contempla áreas de lazer, de piquenique para famílias, com espaços destinados à diversão das crianças, e também alguns pontos de aprendizagem.

A criação do parque de lazer coaduna-se com o projeto de recuperação e renaturalização do rio Febras, um dos projetos-piloto do Green Gap, iniciativa com fundos comunitários em que participam diferentes entidades supramunicipais locais e universitárias da Galiza e do Norte de Portugal.

O projeto visa a reabilitação de frações da linha de água e a criação de planos de plantação, para controlo e gestão de espécies invasoras, impulsionando a plantação de espécies autóctones, com vista a melhorar as funções ecológicas da galeria ripícola, promover a conectividade ecológica dos corredores verdes do concelho e resgatar a história natural e patrimonial.

“Foi a generosidade de Martins Sarmento e a sua dedicação à comunidade, que permitiu que hoje, 125 anos depois da sua morte, se concretize este aproveitamento de terrenos agrícolas”, Antero Ferreira

Foi assim que começou a sua intervenção Antero Ferreira, presidente da SMS. Desde 2003, na sequência do restauro do Solar da Quinta da Ponte, para a instalação do Museu da Cultura Castreja, que a SMS pretendia usar estes terrenos para fruição pública, tendo em conta elaborar um projeto para uma quinta pedagógica, lembrou. Em 2018 procedeu-se a análise destes terrenos tendo-se concluído que o mais adequado seria o seu aproveitamento para um parque de lazer. “Queremos agradecer às equipas do Município, do Laboratório da Paisagem o empenho e a dedicação”, referiu Antero Ferreira,  não esquecendo a “energia que Domingos Bragança demonstra para que estes projetos possam prosperar” “Se hoje cumprimos uma primeira fase, temos pela frente ainda alguns desafios”, disse ainda Antero Ferreira, satisfeito porque este projeto “valorizar o legado que nos foi confiado por Martins Sarmento”.

Diogo Costa, presidente da União de Freguesias, estava também visivelmente satisfeito por ver um “passo importante dado, tendo em vista a criação de um parque que vai servir a população local”, mas também um local que pretende atrair forasteiros, e o que melhor do que o Festival Rock no Rio Febras para o publicitar. Agradeceu todo o apoio dado por parte da autarquia destacando a disponibilidade da vereadora Sofia Ferreira e de Carlos Ribeiro do Laboratório da Paisagem, agradecendo também o apoio da SMS. Espera agora que a obra vá para o terreno o mais rapidamente possível.

© Helena Lopes/Mais Guimarães

“Este fenómeno que tem sido, nos últimos anos, o Rock no Rio Febras é essencial e excecional para dar a visibilidade a este local”, Domingos Bragança

Para o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, “este protocolo é muito importante”: “Os intervenientes são os fundamentais para a concretização do parque florestal a que nos propomos aqui na Quinta da Ponte”. “Um agradecimento autêntico, porque não é normal o que estamos a assinar, agradecimento à SMS, evocando Francisco Martins Sarmento que teve a generosidade de entregar toda a sua propriedade que é hoje a SMS, que também disponibiliza à comunidade”. E Domingos Bragança continuou: “Quem dera ao território de Guimarães que estes bons princípios fossem replicados, porque temos muitas dificuldades em conseguir parcelas de terreno para projetos de comunidade”. Deixou ainda uma palavra ao autarca Diogo Costa, que “mostrou empenho no projeto” e a “dedicação da senhora vereadora Sofia Ferreira, acompanhado pelo Laboratório da Paisagem”.

“Vamos construir um parque naturalizado e este fenómeno que tem sido, nos últimos anos, o Rock no Rio Febras é essencial e excecional para a visibilidade deste local”.

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