Portugal: Uma janela (pouco) aberta para o mar

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesNesta altura de férias, muito mais do que em outra época do ano, damos por nós a olhar o mar. Entre banhos, vinho verde, línguas da sogra e bolas de berlim, apercebemo-nos da sua dimensão, imaginamos a outra extremidade e lembramo-nos da bravura dos nossos, daqueles portugueses de outros tempos que, através do mar, deram “novos mundos ao mundo”.

Cercados pelos espanhóis, e para não armarmos mais confusões com os nossos vizinhos, atiramo-nos às águas e, a partir daí, desse salto para o desconhecido, contruímos as mais belas páginas da nossa história. Uma história de bravos que hoje lembramos como se de lendas se tratassem. Hoje, Portugal, e os portugueses, são feitos de outra fibra.

O nosso país detém a terceira maior Zona Económica Exclusiva (ZEE) da União Europeia, a quinta maior da Europa e 20.ª maior do mundo. Os 1,7 milhões de km2 da ZEE portuguesa representam uma enorme diversidade de ecossistemas e de recursos que Portugal não está a aproveitar devidamente.

Para além do turismo, sobretudo em terra, das espreguiçadeiras em que nos colocamos, e colocamos quem nos visita, com vista para o mar, muito pouco aproveitamos de todo esse potencial.

Por todo o país, como exemplo, vemos a frota pesqueira envelhecida, após algumas décadas em que foi voltada ao esquecimento. A mão de obra acompanha o trajeto, enferrujando a cada ano que passa.

É urgente apostarmos no mar, uma aposta certa e segura para nós e para esta Europa. É urgente abrirmos de novo a janela e sonharmos com novos tempos gloriosos e prósperos.

O mar que, para os portugueses, está mesmo ali, ao pé, à espera de ser desbravado.

PUBLICIDADE

Arcol

Partilhar

PUBLICIDADE

Ribeiro & Ribeiro
Instagram

JORNAL

Tem alguma ideia ou projeto?

Websites - Lojas Online - Marketing Digital - Gestão de Redes Sociais

MAIS EM GUIMARÃES