Quadrilátero Urbano passa a Pentágono com adesão de Viana do Castelo
A cidade de Viana do Castelo formalizou, segunda-feira, dia 07, a adesão à Associação de Municípios do Quadrilátero Urbano, marcando o início de uma nova fase de colaboração intermunicipal na região noroeste de Portugal.

A assinatura do protocolo de adesão decorreu na CIM Cávado, com a presença dos presidentes dos municípios fundadores da Associação de Municípios do Quadrilátero Urbano – Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga; Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães; Mário Passos, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão —, bem como de Luís Nobre, autarca de Viana do Castelo, que se junta agora à rede de municípios, a qual passará a ser designada por Pentágono Urbano.
“A adesão de Viana do Castelo é um sinal claro de que estamos a construir uma rede de municípios cada vez mais forte e integrada. Nesta rede temos cinco dos 20 concelhos mais exportadores, que representam cerca de 10% das exportações nacionais e 25% das exportações do Norte de Portugal. São territórios que têm demonstrado grande pujança num leque muito diversificado de sectores de vanguarda tecnológica e de inovação”, referiu Ricardo Rio”.
Disse ainda que a entrada deste novo município “representa um marco importante para a região, constituindo-se como uma mais-valia para o desenvolvimento sustentável e para a internacionalização da rede, que se torna ainda mais robusta e capaz de enfrentar os desafios do futuro”.Criada em 2008, a Associação Quadrilátero Urbano é uma rede estratégica composta pelos municípios de Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão, com o objetivo de promover a competitividade, inovação e internacionalização da região.
Viana do Castelo, com a sua localização geoestratégica e forte ligação à Galiza e ao resto da Europa, representa uma “porta de entrada fundamental para a internacionalização da região”, refere a informação avançada pelo município de Braga.
Segundo o autarca vianense, Luís Nobre, este é “um momento histórico e que representa uma oportunidade para o desenvolvimento do território”. “A integração na rede do Quadrilátero Urbano permitirá o desenvolvimento de projetos inovadores nas áreas da mobilidade, cultura, inovação empresarial e cooperação internacional, reforçando ainda mais o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a competitividade regional”, destacou Entre os principais objetivos estratégicos da adesão estão o reforço da coesão territorial, a ampliação da capacidade de inovação e competitividade, a promoção da internacionalização e a promoção de um desenvolvimento sustentável.
“O Quadrilátero ganha, no sentido em que se expande em termos territoriais”, Adelina Paula Pinto
Com a entrada de Viana do Castelo na rede, a Associação acaba por se fortalecer, nomeadamente no que toca à indústria naval, energias renováveis e turismo. Foi tema na reunião municipal do próprio dia da oficialização e Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara de Guimarães, reagiu, no final, aos jornalistas este acontecimento. Deu conta que já “havia uma vontade de Viana do Castelo em juntar-se ao Quadrilátero e há muitos anos que isso vem sendo pensado”. “Foi desta vez, passa a ser Pentágono e a ideia é acrescentar para cinco cidades para que consigamos ter este eixo fundamental, até para conseguirmos ter uma força maior, nomeadamente na questão da mobilidade”. Para a vereadora, “o Quadrilátero ganha no sentido em que se expande em termos territoriais, vai para norte, e agrega um maior número de habitantes. O Quadrilátero teve a vontade de agregar as quatro grandes cidades, e está a crescer com a inserção de Viana do Castelo, que tem uma grande valência no Eixo Atlântico, faz a ponte com a parte de Espanha”. “O Quadrilátero só terá a ganhar com Viana do Castelo, que se tem desenvolvido e requalificado também em termos turísticos e é um eixo importante para depois fazermos a transição para Espanha”, concluiu.
“Fui sempre defensor de que precisamos de juntar esforços”, Ricardo Araújo
Par o vereador do PSD, a entrada de Viana do Castelo “vem acrescentar e fortalecer este Quadrilátero que agora passa Pentágono”: “Fui sempre defensor de que precisamos de juntar esforços, ganhar escala para a afirmação da importância da nossa região que é, de facto, a seguir a Área Metropolitana de Lisboa e do Porto, a maior e mais importante do país, quer ao nível da economia, do volume de negócios das nossas empresas, das exportações, dos centros de conhecimento, das universidades e dos politécnicos, do número de habitantes que temos”. Referiu Ricardo Araújo que esta “é uma região muito importante para o país”, e que precisa de “ganhar centralidade ao nível nacional, de ganhar força e intervenção política escutada a nível nacional e, para isso, só tem a ganhar se tiver escala”.
A entrada de Viana do Castelo no Quadrilátero, o vereador, que reconhece importância que a cidade tem na região, é vista “com muito bons olhos e como algo muito positivo”
Acredita que será muito mais fácil ter atenção política, prioridade, voz a nível nacional, se houver agregação de interesses. Voltou a frisar que é a favor da criação da Área Metropolitana do Minho.
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