Rui Duarte
Por Rui Dias.
Nome completo:
Rui Manuel Fernandes Duarte
Ano de nascimento:
18 de agosto de 2003
Naturalidade:
Póvoa do Varzim
Profissão:
Estudante
Presidente da AE da Escola
Secundária Francisco de HolandaO presidente da Associação de Estudantes da Escola Francisco de Holanda deu os primeiros passos e cresceu em Pevidém. A família paterna e uma parte da família materna são de Gondar e foi ali que os pais começaram por viver. Em Gondar nasceu o irmão, onze anos antes de Rui Duarte vir ao mundo.
Apesar de se considerar um vimaranense de gema, foi nascer à Póvoa do Varzim, por questões clínicas. Conta, com alguma tristeza, que não teve oportunidade de conhecer nenhum dos avós, já todos tinham falecido quando nasceu.
Os pais mudaram-se para Pevidém por alturas do nascimento do seu nascimento, de forma que foi ali que estudou os primeiros anos e que deu os primeiros chutos na bola. A escola onde fez o primeiro ano, no centro da vila, é hoje a Academia de Música Albano Coelho Lima. O início do segundo ano coincidiu com a inauguração do Centro Escolar do Barreiro. Foi ali que estudou até ao sexto ano. “Foram tempos felizes, a escola era próxima de casa e fui muito feliz, mas a minha mãe tinha outros planos para mim”.
Os planos maternos passaram por colocar Rui Duarte no externato Delfim Ferreira, em Riba d’Ave. “Foi um enorme contraste, mas foi muito interessante constatar as diferenças entre o ensino público e o privado. Ali os professores estavam muito mais próximos de nós, preocupavam-se não só com o que nós aprendíamos, mas também em nos transmitir valores. Foi um choque, inicialmente, ter de andar de uniforme e cumprir todas aquelas regras internas.”
A par com a escola, andou sempre o futebol, desde os seis anos. O clube, claro, só podia ser o Pevidém.
Estudar na Secundária Francisco de Holanda é quase uma tradição familiar: pai, mãe e irmão, além de outros familiares próximos, andaram naquela escola. “De forma que eu sempre disse que havia de fazer o secundário na Francisco de Holanda”.
A mudança consumou-se no décimo ano. “Foi um ano duro de mudanças na minha vida. Ao mesmo tempo que mudei de uma escola pequena, com poucos alunos e professores, para uma escola enorme, mudei do clube da minha terra para o Moreirense, onde as responsabilidades já eram muito maiores”.
A paixão pela escola confirmou-se, de tal forma que no ano seguinte liderou uma lista nas eleições para a Associação de Estudantes. “Perdi por poucos votos, mas gosto tanto da escola que me voltei a candidatar”. Valeu a pena, porque à segunda tentativa venceu.
“Quero deixar alguma coisa para as gerações que me sucedem. Por exemplo, este ano vamos devolver aos estudantes uma rádio-escola”, promete entusiasmado. Para Rui Duarte é um projeto muito importante porque permitirá fazer chegar aos alunos as mensagens. “Se eu soubesse o que sei hoje teria aproveitado melhor o secundário, são apenas três anos que passam a correr. Esta rádio vai ajudar os alunos a aproveitarem melhor o tempo que passam na escola”. Os sons desta rádio devem estar no ar até ao final de janeiro, com a ajuda dos alunos dos cursos profissionais de design e mecatrónica.
Salienta a equipa que o rodeia na Associação de Estudantes e nos projetos, “sem os quais não seria possível alcançar nada”. Apesar de muitos líderes estudantis se tornarem políticos, não se vê assim, “faltam-me as capacidades oratórias, vejo-me mais como um líder de pessoas envolvidas em projetos”.
A paragem, durante o confinamento, deu-lhe uma certeza: o futebol terá de fazer parte da sua vida. Em termos académicos, a incerteza ainda é grande, eventualmente poderá fazer um “gap year”. Certo é que, quando for para a universidade, quer ir para fora de Guimarães, “sair da zona de conforto”.
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