Um passe para a Revolução
Por Eliseu Sampaio.
Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesA utilização dos transportes públicos em Guimarães está na ordem do dia na cidade-berço, e por todo o concelho.
A 1 de janeiro entrou em funcionamento a nova concessão de transportes públicos de passageiros de Guimarães, da responsabilidade do município, que se constituiu como Autoridade dos Transportes (AT), e cujo “serviço” foi atribuído à Guimabus. Na CIM do AVE, que se constituiu também como AT, a previsão de entrada da nova concessão aponta para agosto ou setembro deste ano.
Temos ouvido utilizar-se o termo “Revolução” para adjetivar este tempo de mudança. E, de facto, estamos perante uma mudança muito significativa na rede de transportes públicos em Guimarães. Dos autocarros, diga-se, porque nos outros transportes coletivos continua tudo mais ou menos igual.
Esta “Revolução” e este momento devia, digo eu, ser aproveitado para tirarmos “um bilhete” para a base do problema, para assumirmos que em Guimarães, culturalmente, não temos grande simpatia pelos transportes públicos. Porque também, diga-se eles não nos foram assim tão úteis nas últimas décadas.
Portanto, vamos lá o fundo perceber claramente isto. E com coragem, ambição e olhos no futuro, façamos o que tem de ser feito.
Se queremos promover a utilização dos transportes públicos na cidade, e no concelho que conta com nove vilas e com dois terços da população a viverem fora da malha urbana, temos que tornar o serviço útil e acessível.
Útil, melhorando a rede de modo a que responda às reais necessidades da população, com horários e linhas que os transformem numa alternativa real ao automóvel, e acessível através de preços atrativos e da gratuitidade para determinadas franjas da população, sobretudo os mais jovens.
Só conseguiremos bons resultados à frente se promovermos junto dos mais novos a utilização dos transportes públicos. O futuro, como tenho já vincado aqui algumas vezes, constrói-se agora. Agora é o momento de fazer acontecer.
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