VAMOS À ECOVIA?

Por JOSÉ JOÃO TORRINHA Advogado Presidente da Assembleia Municipal de […]

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Por JOSÉ JOÃO TORRINHA

Advogado

Presidente da Assembleia Municipal de GuimarãesQuando eu era miúdo, a prática desportiva era olhada de uma forma muito diferente daquela que é agora. Sim, era possível a uma criança praticar desporto em Guimarães, mas o leque de escolhas, reconheça-se, era bem limitado. Um exemplo: a certa altura, com cerca de onze anos, fui jogar basquetebol para o Desportivo Francisco de Holanda. Mas, tão rapidamente como me apaixonei pela modalidade, decidiu o clube, passados poucos meses, acabar com ela. E, durante anos, Guimarães não teve qualquer clube de basquetebol em atividade.
Por essa razão, digo que as crianças e jovens de hoje são umas sortudas. Em Guimarães podem, por estes dias, praticar não só aquelas modalidades clássicas que todos conhecemos, mas mesmo outras como râguebi, polo aquático, ginástica, patinagem, enfim, uma panóplia de escolhas com as quais o menino que eu era há 30 anos só podia sonhar.
Claro que muito disto só foi possível também porque se construíram as infraestruturas que o permitiram. Só para dar um exemplo, quando eu tinha dez anos, Guimarães não tinha uma piscina com água aquecida.
Por isso, quando assisti, há uns meses, à inauguração da Academia de Ginástica e vi a felicidade estampada no rosto daquelas meninas e meninos que exibiam, orgulhosamente o que já tinham aprendido, apareceu aquele sentimento de “inveja boa” de que falava. Que sorte têm eles.
Mas não foi só nas camadas mais jovens da população que as coisas mudaram. Cada vez mais as pessoas têm consciência de que, na idade adulta, devem manter um estilo de vida saudável e que a prática de exercício físico é fundamental. Recuando mais uma vez no tempo e fazendo um exercício de memória, estes dias perguntava-me: que tipo de atividade física fazia a geração dos meus pais quando tinham mais ou menos a idade que eu tenho agora? A resposta é fácil: pouca ou nenhuma.
Vem esta reflexão a propósito da inauguração da Ecovia, ocorrida na semana passada. A inauguração foi apenas o ato oficial que marca a obra, porque, na verdade, a Ecovia já foi, há uns bons tempos, “inaugurada” pelos vimaranenses que rapidamente se apoderaram dela para caminhar, correr ou pedalar.
A consciencialização que grande parte da nossa comunidade acolheu de que a prática desportiva é o primeiro passo para cuidar da sua saúde entra-nos pelos olhos dentro. Ainda no passado domingo, quando, com uns amigos, fui correr para a pista de cicloturismo, eram dezenas as pessoas por quem passávamos e que a correr ou de bicicleta decidiram começar o dia bem cedo ali e não noutro sítio qualquer.
Ao percorrer a Ecovia, como já fiz algumas vezes, tenho a certeza de ter passado por pessoas que não praticavam desporto há algum tempo mas que foram incentivados a experimentar aquela via que, para além do mais, nos proporciona vistas lindíssimas da nossa cidade.
Fica, por isso, o convite a todos os que ainda não se sentiram tentados a experimentá-la: vão e vejam a vista do parque da cidade e da Penha junto à Escola Santos Simões. Apreciem a panorâmica deslumbrante da cidade vista do Lugarinho. Experimentem correr ou caminhar até ao parque da cidade desportiva, pela horta pedagógica ou até ao caminho real pela via que se abriu por entre os campos na rua das Eiras, até à nova rotunda de Candoso. Vão, que vale a pena.

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