Vamos meter um pauzinho na engrenagem

Por Ana Amélia Guimarães.

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por Ana Amélia Guimarães Professora

Perguntaram a Jerónimo de Sousa se a CDU iria ser penalizada pela questão da putativa «crise política em curso». Jerónimo responde, perguntando: «Vamos ser penalizados por fazermos bem ao povo?».

Esta é, creio eu, a questão que se deve fazer na altura de colocar a cruz no boletim de voto.

Peço-lhe, caro e cara leitor/a, que tenha presente que, com o PS, PSD e seus solícitos auxiliares, cada um dos problemas que hoje nos morde o dia-a-dia e enegrece o futuro terá apenas um de dois caminhos: ou manter ou agravar. E sabe-se porque tem sido esta a prática, com maior ou menor agressividade, destes partidos.

Não há nenhum momento em que, estando em causa a valorização do trabalho e dos trabalhadores, PS, PSD e seus sucedâneos não se tenham posto de acordo para travar avanços. Foi assim nas 35 horas, foi assim nas medidas de combate à precariedade, foi assim na valorização dos salários, foi assim na revogação das normas gravosas da legislação laboral e em particular no fim da caducidade da contratação coletiva, entre tantas outras matérias. Esta é que é a prova dos nove. E ninguém deve ter de mendigar aquilo a que tem direito!

Repare:

A CDU foi decisiva para a reposição de salários e de outros direitos roubados, como feriados ou complementos de reforma aos trabalhadores do Sector Empresarial do Estado; o aumento do Salário Mínimo Nacional, ainda que aquém do necessário; a reposição dos instrumentos de contratação coletiva no Sector Público Empresarial e a eliminação das restrições à contratação de trabalhadores na Administração Local; a ampliação da proteção aos desempregados, com a criação do apoio aos desempregados de longa duração e a eliminação do corte no subsídio de desemprego; a reposição do direito ao pagamento por inteiro do subsídio de Natal; na Administração Pública, a reposição das 35 horas semanais e a generalização da sua aplicação, que só não se alargou ao privado porque o PS o impediu e o direito à progressão na carreira, com a valorização remuneratória respetiva e a tomada de medidas de combate à precariedade, apesar de ainda limitadas.

Foi assim para garantir o pagamento dos salários por inteiro aos trabalhadores em layoff, durante a pandemia e o prolongamento extraordinário do subsídio de desemprego.

Estamos a poucos dias das eleições legislativas, cada um de vós sabe com o que pode contar.

Agora é consigo. Contamos consigo.

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