Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesSurgiram em Guimarães no início de agosto e são a novidade desta estação na cidade-berço: as trotinetes e bicicletas elétricas partilháveis.

Guimarães tornou-se, assim, o 16.º município de Portugal a usufruir de uma frota de veículos elétricos deste género, com quatrocentas unidades a operar no concelho. Por ser novidade, primeiro estranha-se, mas depois entranha-se, lá diz o ditado. Se bem que há motivos para que essa habituação demore um pouco mais numa cidade com as características da nossa.´

Ao final da tarde do dia da apresentação, lembro-me de ter feito uma caminhada pela cidade e de ter passado por alguns aglomerados destes equipamentos, alguns bastante desorganizados, e de isso me ter feito alguma confusão, estando eu habituado a encontrar uma cidade onde “tudo está no seu sítio”.

Daí para cá, pela cidade e pelas vilas, onde as trotinetes e bicicletas chegaram também, sem que os presidentes de junta tenham sido avisados, como noticiamos, é comum ver alguns equipamentos espalhados pelos passeios, dificultando a vida aos peões, e em outros lugares pouco prováveis.

Para além da questão da dessarumação, que é importante, há outras que me preocupam, e ainda mais, como a segurança.

Diz a legislação, a pouca que ainda existe sobre o uso destes meios de transporte, que a utilização dos equipamentos está limitada a maiores de 18 anos, com conhecimentos sobre as regras de trânsito e que está proibida a circulação em trotinetes e bicicletas pelos passeios.

O leitor, como eu, sabe que isto não está a ser cumprido, daí considerar que alguns problemas, que eu espero não se revelem graves, devam surgir em Guimarães, como noutros locais do país, nos próximos tempos, se entretanto nada for feito.

Como a maioria dos vimaranenses está de férias, a desfrutar de uns bons banhos de sol e de mar, e os serviços andam a meio gás por aqui, havemos de remediar em vez de prevenir, como é habitual no português que se preze.