HÉLDER PEREIRA
Ortopedista e investigador
Nome completo
Hélder Manuel Duarte Pereira
Nascimento
24 de setembro de 1976, Caldas das Taipas
Profissão
Ortopedista e InvestigadorHélder Pereira foi recentemente distinguido no último Congresso da “ISAKOS” (International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine), ocorrido no México. Mas o reconhecimento do seu trabalho tem sido recorrente. No ano passado, foi atribuído ao médico e investigador vimaranense um dos mais altos cargos para a direção da Sociedade Europeia de Cirurgia do Joelho, Artroscopia e Traumatologia Desportiva. Adora a sua profissão e quer continuar a exercê-la a este nível que alcançou. Contudo, os seus grandes sonhos estão ligados à família.
Nasceu em Azurém, mas considera-se totalmente taipense. “Digo sempre que sou das Taipas. Sinto-me bem na minha pele de taipense”, começou por contar. Quando era pequeno, costumava dizer que se não fosse médico iria ser serralheiro. “Aprendi com o meu pai algumas coisas de serralharia e com a minha mãe ia andando lá no Centro de Saúde, onde ela era secretária. Olhava para os médicos como pessoas que faziam o bem e que traziam a cura quando as pessoas estavam doentes”, disse, acrescentando que o médico Augusto Dias de Castro, marcou-lhe em especial, pois “acudia todas as maleitas das pessoas naquela área”. “Cresci neste ambiente e relativamente cedo meti na cabeça que um dia seria médico. Depois, fui fazendo pela vida para chegar lá. Estudei na melhor escola do mundo, a Secundária das Taipas e consegui entrar na Faculdade de Medicina. Depois, talvez pela ligação à serralharia, acabei por gostar da ortopedia. Mas a paixão pela medicina vem muito pela definição do que é o ato médico nos seus inícios: houve um dia em que uma pessoa pediu ajuda e alguém a ajudou”, afirmou.
Hélder Pereira destaca-se fruto do seu trabalho de desenvolvimento cirúrgico no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim-Vila do Conde, em parceria com o Centro Internacional de Traumatologia Desportiva do Ave e Centro Médico de Excelência FIFA de Espanha (onde é diretor), o Instituto 3 B’s da Universidade do Minho e a Universidade de Denver nos Estados Unidos.
Sobre o seu trabalho no hospital, onde já está radicado há uns anos, foi o local onde começou por criar um núcleo dedicado à patologia do joelho e tornozelo. “Tudo começou com a possibilidade que me foi dada neste hospital e por isso sou defensor do sistema público de saúde, independentemente de também exercer no setor privado. Foi ali que comecei a desenvolver algumas atividades de investigação. Entretanto, surgiu um projeto em que fui bater à porta do professor Miguel Oliveira e do professor Rui Reis. O melhor centro do mundo em Engenharia de Tecidos em Guimarães, que é o Instituto 3B’s, onde aprendi imenso”, referiu.
Relativamente ao destaque no congresso da “ISAKOS”, o vimaranense explicou como tudo aconteceu. “No ano passado, recebemos um prémio importante por uma investigação relacionada com a instabilidade do tornozelo. Este ano, na persecução de trabalhos que temos feito de técnica-cirúrgica mais relacionados quer com a parte da instabilidade, quer com a patologia do tendão de Aquiles, fui convidado a participar numa sessão muito importante desse congresso, onde depois também a Associação Egípcia de Artroscopia me distinguiu pelo contributo que tenho dado à formação internacional nesta área. Claro que fiquei contente. Ser reconhecido entre pares e num congresso como aqueles é algo que muito nos honra. Ainda por cima, do ponto de vista científico, é uma continuidade”, sublinhou.
Hélder Pereira já perdeu a conta de quantos doentes passaram pelas suas mãos, mas sabe que foram “alguns milhares”. No que diz respeito aos sonhos que ainda faltam cumprir, o vimaranense disse que esses estão relacionados com a família. “Eu adoro e vou continuar a fazer o meu melhor na minha profissão. Mas os meus grandes sonhos estão ligados à minha família. Quero um dia poder continuar a exercer a minha profissão e fazer investigação ao nível que mais gosto, mas ter mais tempo para a família e fazer todas estas coisas”, concluiu.
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