Robert Schuman

Por Mais Guimarães.

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Nome
Jean-Baptiste Nicolas Robert Schuman

Naturalidade
Luxemburgo

Profissão
Advogado e político

A Europa de 1950 continuava a sentir a devastação que a Segunda Guerra Mundial trouxe ao velho continente. E era preciso eliminar “a secular oposição entre a França e a Alemanha”. Para além disso, era necessário uma Europa “viva e organizada pode dar à civilização é indispensável para a manutenção de relações pacificas”. Estas são frases retiradas da Declaração Schuman, apresentada por Robert Schuman a 09 de maio de 1950. E é essa a data em que se comemora o Dia da Europa — faz este sábado 70 anos que um dos pais da Europa uniu os países do continente naquele que é o começo do que hoje chamamos de União Europeia. Na Declaração Schuman, propunha-se a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), com o objetivo de instituir um mercado comum do carvão e do aço entre os países fundadores — França, República Federal da Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.

Mas quem foi Robert Schuman, à altura ministro francês dos Negócios Estrangeiros? Schuman nasceu no Luxemburgo, sendo filho de mãe luxemburguesa e pai francês (que se tornou alemão quando a Alsácia-Lorena foi anexada pela Alemanha em 1871). Também ele nasceu com nacionalidade alemã, mas, quando a Alsácia-Lorena foi retomada pela França após a Primeira Guerra Mundial, passa a ter nacionalidade francesa. Nascido em 1886, cresceu durante as guerras entre impérios que se batiam pelo controlo de territórios.

Schuman debruçou-se sobre diversas áreas do saber, tendo estudante, entre 1904 e 1910, Direito, Economia, Filosofia Política, Teologia e Estatística em diversas universidades. Licenciado em Direito, obteve a mais alta distinção da Universidade de Estrasburgo. Entretanto, deflagra a Primeira Guerra Mundial (mesmo depois de outras, como as guerras nos Balcãs, entre 1912 e 1913). Schuman é chamado para a tropa pelo exército alemão em Metz (onde se estabelecera como advogado), tendo sido dispensado do serviço militar por razões médicas. Terminado o confronto bélico, decide lançar-se a uma vida ativa na política. E iniciou o percurso como deputado ao Parlamento francês pela região de Moselle, do lado da democracia-cristã, ainda nos seus primeiros estágios. Acabou por ficar conhecido, por exemplo, através da Lex Schuman, que permitiu uma harmonização das leis regionais com a lei nacional francesa.

Com o conflito seguinte, Schuman foi cooptado para membro do Governo de guerra do primeiro-ministro francês da altura, Paul Reynaud, ocupando a posição de encarregado dos refugiados. “Naquele período titubeante, a França, ou parte dela, perdeu o pé: o Marechal Pétain, herói da Grande Guerra europeia, considerou apropriado manter uma aproximação delicodoce com Hitler, e apesar de Schuman ter votado favoravelmente à criação de um governo sob a alçada do velho herói, recusou fazer parte do governo”, lê-se na biografia publicada no site da Comissão Europeia. Optou por juntar-se à França “insubmissa” e foi preso pela Gestapo, sendo deportado para Dachau. Em 1942, “conseguiu escapar aos seus algozes e juntar-se à resistência francesa”. E já nessa altura, mesmo com Hitler ainda firme, afirmava que, para a Europa se tornasse num “lugar de paz e prosperidade”, Alemanha e França teriam de se unir.Foi ministro das Finanças da França e primeiro-ministro entre 1947 e 1948, tendo na altura proposto a “criação de uma assembleia europeia”. Até 1953, ocupou, em vários governos, o papel de ministro de Negócios Estrangeiros. E, aqui, voltamos ao início (deste retrato de perfil e da União Europeia como a conhecemos). Robert Schuman foi ainda a ministro da Justiça francês e, claro, o primeiro presidente do Parlamento Europeu, entre 1958 e 1960.

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