SNS: UM SERVIÇO DE SUCESSO
DELFIM RODRIGUES

por DELFIM RODRIGUES
A saúde tal como a educação, são duas áreas cujo desenvolvimento, depende no essencial dos níveis de conhecimento, em cada momento alcançados. Os profissionais de saúde, tal como os da educação, são trabalhadores do conhecimento.
Peter Drucker, afirmava em 2 000, que médicos e professores eram tão eficientes como em 1 900. Quer dizer, que o quociente de resultados, face aos recursos disponíveis não sofreu grande alteração. Então o salto qualitativo passa, inevitavelmente, por enxertar mais conhecimento no sistema, por via do estudo e investigação, inovando constantemente em matéria, não só de novas ofertas de saúde, mas também em modelos inovadores de distribuição dessas novas ofertas.
Numa economia onde as margens de resultados são fruto de inovação, das melhorias e do conhecimento que é agregado a produtos e serviços, o compromisso de vida em torno da aprendizagem, é via mais directa para o crescimento, desenvolvimento e competitividade. As organizações de saúde de sucesso, investem na investigação, no ensino dos seus colaboradores, avaliam e recompensam as pessoas, em primeiro lugar pelo seu potencial para aprender, pelo que efectivamente aprendem e depois pelo grau de aplicação e concretização do que aprenderam, em termos de resultados.
O boom de inovação na área do medicamento, não apareceu de repente. Ele é fruto de décadas de investigação, sendo certo que a inovação é tanto mais célere, quanto mais velozmente a informação circula, transformando-se em conhecimento partilhado e culminando em ciência consolidada. De facto hoje as relações de poder alteraram-se em torno do conhecimento de da velocidade a que ele circula. Por conseguinte, diria é uma relação entre os mais lentos e os mais velozes, nesta área.
Em matéria de despesa, penso que na sociedade da informação existe uma inadequação do Direito e da Economia ao principal produto desta mesma sociedade, que é o conhecimento. No passado transacionávamos os bens às toneladas, depois aos kilos e hoje transacionamos o imponderável. De facto a informação é o único recurso que não se delapida com a sua utilização, bem ao invés, quanto mais usado mais se multiplica.
Então numa operação de “compra e venda” deste bem, o vendedor fica igualmente detentor do bem que acabou de vender, tanto quanto o comprador. É esta equação, que duas das principais ciências, que regulam a nossa vida em sociedade, Direito e Economia, ainda não conseguiram resolver. Claro que os preços se formam no mercado entre a oferta e a procura, mas quando se trata de bens raros ou mesmo únicos, a estas variáveis tem que presidir a ética e responsabilidade social do negócio. Assim os sistemas de saúde, mais que uma relação de fornecedor cliente, devem asseguram autênticas parcerias, com a indústria, na partilha do risco, é certo, mas em torno do eixo da ética e da responsabilidade social.
A equidade é um eixo central do nosso SNS e como tal mais que mantido, deve ser reforçado. Se no passado as políticas de saúde se orientaram muito, e bem, em torno da criança, hoje em dia e sem descurar a área materno e infantil, há que reforçar a oferta de cuidados á velhice.
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