Guimarães Jazz regressa com programa multidisciplinar

"O jazz sempre foi feito de misturas", lembrou Ivo Martins.

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Novembro é sinónimo de jazz em Guimarães e “reinventar permanentemente o festival”, como diz Ivo Martins, diretor artístico, tem sido uma base fundamental destes 31 anos. Ao olhar para trás, “percebe que o festival mudou bastante e muita coisa aconteceu”. 2022 não é exceção e traz consigo algumas mudanças. “Se vai funcionar? A gente espera que sim!”, suspirou o diretor artístico.

© Mais Guimarães

São 12 os concertos, que decorrem entre dia 10 e 19 de novembro. Alguns no “núcleo central de concertos, no grande auditório Francisca Abreu, e, depois, uma série de concertos satélite que circulam à volta do festival e que são parte intrínseca de um sistema”, apresentou Ivo Martins.

A 31.ª edição do Guimarães apresenta-se como aquela com mais músicos portugueses de todas as edições e com uma vertente disciplinar. Algo que “agrada” o diretor artístico. Desta edição, destacam-se ainda as vozes. “Sempre fomos bastante céticos em relação a vozes no jazz, porque não é qualquer voz que nos convence”, confessou Ivo Martins. Algo raro até aqui. Mas a multidisciplinaridade impôs-se para “experimentar novas ideias e abrir para outras expressões artísticas.

“O jazz sempre foi feito de misturas”, lembrou dizendo que “o jazz é uma música popular mas que viveu sempre nas fronteiras”.

À voz, junta-se, entre outras coisas, spoken word, instrumentos africanos acústicos, dança, eletrónica. “Esse lado experimentalista e aberto a novas realidades e sonoridades é uma coisa que gostamos imenso”, justificou. São “novas ideias, sonoridades e integrações” que esperam que funcionem para “fintar o que as pessoas esperam”.

Paulo Lopes Silva, vereador com o pelouro da cultura, reiterou esta ideia afirmando que, “a partir de um certo ponto, temos duas opções: consolidarmos aquilo que temos e vivemos com esse património construído ou arriscarmos, rasgarmos e encontrarmos novos horizontes”.

São estas características que, acredita, fazem com que o festival se torne um festival “mais multidisciplinar mais abrangente, e chegue a novos públicos”. Na sua perspetiva, é isto que o Guimarães Jazz precisa, porque “quem constrói o património que o Guimarães Jazz construiu ao longo dos últimos 30 anos, só pode almejar querer ser mais e não apenas consolidar-se daquilo que já era para o país”.

“Esta não é mais uma edição do Guimarães, é um virar de página”, concluiu o vereador.

Helena Pereira, diretora executiva d’A Oficina, acredita que “a presença dos músicos vai potenciar um envolvimento do território e trazer uma participação ativa da comunidade”. O feddback que tem é a de que o “público está a reagir muito bem”, havendo já mais de 330 bilhetes e 130 assinaturas vendidos.

A 31.ª edição do Guimarães Jazz abre com Dianne Reeves, no dia 10 de novembro. Destaque para o concerto de dia 17, que junta Manuel de Oliveira, Jorge Pardo, Carles Benavent e a Orquestra de Guimarães, um concerto criado através do IMPACTA.

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