No regresso com medo à liberdade, há regras e procedimentos, não estão a ser acautelados em alguns restaurantes
por Mário Moreira Entramos no restaurante com máscara. Esperamos, alguém se [...]

salada da liberdade
por Mário Moreira
Entramos no restaurante com máscara. Esperamos, alguém se dirija para nos indicar a mesa segura. Sentámos-nos em posição diagonar, cuja distância, é menos de um metro, entre pratos. Tirámos a máscara, fazemos o pedido ao empregado de mesa.
Os talheres já estão na mesa. Deviam estar, mas empacotados.
O pão vem como vinha antes da pandemia. Deveria estar, mas empacotado. Velhos hábitos, maus procedimentos.
Se cada cesto de pão pudesse descrever as deficientes práticas de higiene e educação alimentar, teríamos histórias surpreendentes e assustadoras. Felizmente, há quem cumpra regras.
Como, bebo, rio, converso, cumprimento à distância. Tudo isto sem máscaras à mesa. Observo em cima das mesas; óculos, telemóveis, chapéus, máquinas fotográficas…
O prato está na mesa, ignoro há quanto tempo. A comida vem em travessa, cruza com clientes que entram e saiem, se deslocam à casa de banho. Então não seria bem melhor e mais seguro que a comida viesse da cozinha empretada, devidamente, acondicionada em vez de ter um prato na mesa e chegar em travessa, suscetível de absorver todo o tipo de bactérias?
A cozinha mostra que quem manipula os alimentos não tem como manter distâncias.
Quando quero sair, neste manifesto impulso, tenho de colocar a máscara, para dar uns pequenos passos, na rua volto a retirar.
A experiência não foi agradável. Não me senti seguro, não vou voltar.
Há um falso sentimento de segurança. A DGS a exemplo de outros setores de atividade deveria também efetuar vistorias na restauração, designadamente, no serviço de mesa.
De facto a melhor proteção que se pode usar é a educação e o bom senso. “De pequenino é que se torce o pepino”.
Às campanhas publicitárias que custam milhões aos contribuintes, a comunicação social, designadamente, as TVs, batem palmas.
“ A Salada do Regresso…”
2 tomates maduros, cortados em cubos. 1 pimento vermelho, 1 pimento amarelo, assados, limpos de peles e sementes, partidos grosseiramente.. 1 cebola roxa pequena, picada, 1 dente de alho, picados. 100 gr de azeitonas pretas descaroçadas. Colocar os ingredientes numa taça. Adicionar 3 colheres de sopa de azeite, 1 colher de sopa de vinagre balsâmico, manjericão picado e sal a gosto. Envolver bem. No momento de servir juntar pão torrado, partido grosseiramente. Decorar com folhinhas de mangericão.
Bom apetite!
Um abraço gastronómico.