COMPOTAS – DELÍCIAS DE INVERNO
por Mário Moreira A compota, é simplesmente fruta cozinhada com açúcar […]
por Mário Moreira
A compota, é simplesmente fruta cozinhada com açúcar até que os ingredientes, transpirem e engrossem numa completa transformação da sua configuração e se modificam numa mistura consolidada
Nesta época de comida plástica, enlatada e empacotada, até as prateleiras da loja da aldeia fornecidas com as mais diversas variedades de alimentos de conserva, poder-se-ia pensar que se vai perdendo o prazer e a arte das conservas caseiras. É certo que não as fazemos do mesmo modo e nas mesmas quantidades das nossas mães e avós, quando a cozinha era o centro de produção, a fábrica familiar e a dispensa, o armazém de Inverno.
As prateleiras eram alinhadas com toda a espécie de conservas e compotas metodicamente arrumadas nos respetivos frascos esterilizados, cuidadosamente rotulados, recordando os sabores do Verão.
A matriarca da casa sentia brio do seu talento e mostrava-o com orgulho.
Os nossos antepassados aprenderam a sobreviver e a defender-se das carências conservando os alimentos. Até os animais os guardam para de volta se saciarem.
A avaliar pelas incontáveis receitas passadas de geração em geração, entre mãe e filhas, o seu trabalho era muito bem sucedido.
Mesmo partindo do princípio de que podíamos comprar todas as conservas que quiséssemos, é cada vez maior o número de pessoas que continua a gostar de as preparar na sua própria casa. Há uma maior valorização e um enorme carinho por aquilo que se faz.
São inúmeras as vezes que recorri a este procedimento em vários restaurantes onde trabalhei, muitas vezes para impedir que as frutas em maior abundância se estragassem. Podem servir, em casa, a um complemento de pequeno almoço como no restaurante a guarnecer e embelezar uma sobremesa ou até um prato principal, numa iguaria de caça, assenta numa combinação excelente!
Rouba tempo? Seria inútil pretender o contrário, sem trabalho e empenho nada se alcança.
Compota de Gila
Partir a abóbora e colocar os bocados de Gila, num recipiente, com água e 1 colher de sopa de sal grosso de um dia para o outro. Mudar a água e levar uma panela ao lume a cozer. Pesar para 500gr de Gila, 600gr de açúcar. Colocar o açúcar ao lume com a água e o pau de canela até ficar em ponto espadana.
Adicionar a Gila e deixar ferver em lume brando atá atingir de novo o ponto espadana. Estando pronto deixar arrefecer, colocar o preparado em frascos de vidro bem secos e esterelizados. Esta compota pode servir para barrar fatias de pão, bolachas, confeção de pastelaria, complemento de sobremesa, recheio de doce conventual (Ex Toucinho do Céu).
Bom apetite.
Um abraço gastronómico.
PUBLICIDADE
Partilhar
PUBLICIDADE
JORNAL
MAIS EM GUIMARÃES
Dezembro 22, 2024
O sinistro, cujas causas estão a ser investigadas pelas autoridades, provocou constrangimentos no trânsito, originando longas filas.
Dezembro 22, 2024
No regresso ao campeonato, o Vitória recebe esta segunda-feira o Nacional da Madeira, numa partida agendada para as 18h45.
Dezembro 22, 2024
O evento iniciou-se com uma atuação musical das crianças que frequentam a EB1/JI de S. Faustino, que interpretaram uma canção de Natal, desejando Boas Festas a todos os presentes.