Crise na Restauração – A impunidade da gaveta aberta
por Mário Moreira No exercício da minha profissão, sempre conheci, crise […]
por Mário Moreira
No exercício da minha profissão, sempre conheci, crise de altos e baixos, de opulência e miséria e quem sempre gostou de brincar aos restaurantes.
A forma desregulada, como cresceram restaurantes e hóteis, na gulosa voracidade do lucro fácil, são exemplo de um país subdesenvido.
Se é verdade que conheci empresários cumpridores dos seus compromissos, também é verdade, conheci gente sem escrúpulos; “investidores” na lavagem de dinheiro; exigir de “brinde” para tainadas com amigos; ontentar carros de luxo, ou pontos de passagem para outros fins; sem uma clara corresponência à sua faturação. Surreal.
Este setor vive com a cumplicidade de sucessivos governos a impunidade da “gaveta aberta”; recebem e não faturam, ignoram compromissos com os seus trabalhadores; à segurança social; ao fisco; para não falar de habilidades “elétricas” ou adulteração gastronómica no sentido de gato por lebre.
No Portugal, “eldorado” dos melhores destinos do mundo, o governo e entidades patronais, apresentaram números exponenciais dos benefícios, associado a uma catadupa de prémios sem paralelo, tendo significado excelentes resultados na economia do país, sem nunca exporem a competência e dedicação de todos quantos trabalham, com salários de miséria, não obstante os lucros do setor.
No entanto, a contratação coletiva é ignorada pelo governo, agora com sindicatos amestrados, condecorados com os melhores amaciadores. Os salários não aumentam há uns 15 anos; não pagam feriados e horas extras; horários desregulados com jornadas de trabalho de 12 a 15h; os dias de descanso não são respeitados; contratos de sálário mínimo a quem ganha o dobro; ignoram descontos para a segurança social, a fuga ao fisco… uma industria paralela sem precedentes. Nesta ocasião não falaram dos seus trabalhadores. Onde estão os lucros?
É verdade que o setor está em crise, devido à pandemia, mas o cenário de impunidade tem dezenas de anos.
Não é possível que os empresários do setor que cumpram os seus compromissos sejam castigados. Acredito, seguramente, numa seleção natural das coisas. Quem não cumpre com os seus compromissos, trabalha de “gaveta aberta” não merece benefício, nem tem moral para exigir seja o que for.
Doravamente, empresários ou não, que queiram abrir atividade neste setor, deviam;
1) Ter Formação Certificada;
2) Ter um “Fundo de Garantia” para fazer face a dificuldades emergentes; impendindo deste modo, trabalhar com o “dinheiro do dia anterior”, ignorando compromissos com os seus trabalhadores e o estado.
O populismo, a hipócrisia o oportunismo, cavalgam na legitimidade da propagação falsa.
“Castanhas assadas no forno”
Colocar num tabuleiro ½kg de castanhas, golpeadas, com sal, levar ao forno até que a casca fique estaladiça ao tato.
Bom apetite!
Um abraço gastronómico.
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