Encerramento da Pousada Santa Marinha da Costa
por Mário Moreira Perda irreparável Longe vão os dias que os […]
por Mário Moreira
Perda irreparável
Longe vão os dias que os trabalhadores se mobilizavam com outras unidades dos mais diversos pontos do país no debate pela melhoria das suas condições de trabalho, manutenção da qualidade do serviço, na defesa da empresa.
O incumprimento de sucessivos governos de importantes necessidades, a negligência e impotência sindical, na resolução de problemas, foram o mote ao acentuado desinteresse pelo seu futuro.
As Pousadas de Portugal, tiveram uma era dourada, na prestação de um serviço de excelência, na valorização e preservação do património histórico e arquitetónico, na gastronomia, pela grandeza e mestria do seu património humano.
O “Grupo Pestana”, desde que abocanhou as pousadas, desencadeou, uma vaga de despedimentos, uma ofensiva aos mais velhos e aos mais ativos pelos direitos, incluindo a degradação do património dos edifícios, à degradação ambiental da paisagem, da excelência para um serviço vulgar, à perda de memórias.
Obrigou os trabalhadores de Guimaraes a deslocarem-se para Viana, onde pernoitam toda a semana. Há, noutras unidades, a retirada das refeições que passaram a sandwiches. São alguns ingredientes com que “premeiam” a economia nacional e local. São ingredientes de um atestado de desprezo com que tratam os seus trabalhadores, indevidamente acautelados, sem que as autoridades, tomem medidas.
Estes senhores, estão mais interessados em colecionar hoteis de luxo, rasgar contratos de concessão feitos à medida do freguês, aliados às circunstãncias do momento.
O que mais me entristece é saber que esta situação podia acontecer a todo o momento sem que as suas vítimas se tenham organizado a ponto de minimizar estragos.
A ser verdade é uma perda irreparável para a economia local e naconal. É uma perda irreparável para o seu capital humano que ao longo de decadas se dedicou de forma empenhada, exemplar, tornando as pousadas, locais de preferência e referências de nível internacional. Muitas figuras das ciências, da cultura, da politica, até presidentes da repúblca ali fizeram ninho. É preciso travar este vírus.
Acredito na mediação determinada pela CMG na resolução da melhor solução. “Devolver” a Pousada à cidade, dos postos de trabalho, o seu serviço de prestígio.
(Pato Assado com enchidos à Dona Mafalda)
Levar 1 pato a cozer, 2 cenouras, 2 cebolas, 1 alho francês, tomilho, 1 naco de presunto, 1 morcela. Retirar o pato, os enchidos, coar a água, reservar. Levar o pato ao forno para corar, desfiar metade. Efetuar um puxado com 1 cebola, adicionar os enchidos picados, 750gr de arroz, o caldo da cozedura. Temperar de sal e pimenta. À metade do pato cortar em pedaços, corar, colocar em cima do arroz.
Bom apetite!
Um abraço gastronómico.
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