Os Cestos de Pão na Restauração
por Mário Moreira As pinturas de Salvador Dali sobre os cestos […]
por Mário Moreira
As pinturas de Salvador Dali sobre os cestos de pão são célebres, geniais, imortais.
O cesto de pão, foi usado no “Programa de Recuperação Europeia” no fim do holocausto, para impulsionar o mundo a sair do chão.
Os cestos de pão; redondos, ovais, quadrados, dos mais rebuscados aos mais decorados e elaborados, representam; gosto, arte, requinte, sumptuosidade, mas também desleixo, falta de criatividade.
Há restaurantes que têm o devido cuidado, outros, tudo como dantes…
O pão deve ser servido empacotado, obrigatóriamente, ponto!
Na Restauração e Similares cada cesto de pão que vai à mesa onde nos deslocamos, para tomar uma refeição, encerra uma história.
Uma história boa ou má, ligada às práticas de higiene e educação alimentar.
Cestos que não são higienizados, migalhas ou restos de pão que não são retirados, guardanapos de pano ou papel que acolhem o pão, não são substituídos com regularidade. Estes comportamentos e atitudes estão umbilicalmente, ligadas às más práticas de higiene e cultura alimentar, dos responsáveis dos espaços.
Não lavar as mãos antes de cortar o pão, é o pão no “cesto” de cada dia. Quantos nacos de pão andam de mesa em mesa, de cesto em cesto, muitas vezes colocados até de forma descuidada, mesmo a dizer, “eu vim dali, rejeitem-me, aqueles tipos tocaram-me, cortaram-me um pedaço da crosta de broa, tossiram, recebi uns perdigotos”.
Hábitos que oferecem riscos à saúde. Se antes eram considerados inaceitáveis, agora, jamais o deveriam ser, terão de ser banidos.
Basta de brincar com a saúde pública, basta de brincar aos restaurantes!
Não lavar as mãos quando; se chega da rua, se muda de tarefas, se vai à casa de banho, ou quando se vai cortar o pão, não é uma prática ao alcance de todos, quantas vezes mãos associadas a receber dinheiro e fazer trocos. Infelizmente, para prejuízo de quem frequenta tais espaços, não obstante, muitas vezes o seu elevado estatuto ou aparente requinte, estas práticas são “normais”. Cortar pão sem luvas também é normal, como não desinfetar tábuas ou facas de corte. Fica para depois…
Se cada cesto de pão pudesse descrever, quanto mal o tratam, poucos chegariam a um final feliz.
“Migas de Espargos”
Lavar, retirar a pelicula fibrosa de 1 molho de espargos. Cozer em lume brando. Usar a ténica do palito. Demolhar 200gr de pão em leite. Levar ao lume uma frigideira com 2 colheres de sopa de manteiga, deixar derreter. Adcionar 1 cebola, 2 dentes de alho picados, deixar alourar. Adicionar os espargos picados, o pão. Temperar de sal e pimenta a gosto. Misturar em lume brando, deixar secar.
Bom apetite!
Um abraço gastronómico.
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